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Ruas da Vila Irmã Dulce estão há 15 dias sem abastecimento de água

moradoras da região relataram as dificuldades de não ter um recurso essencial no dia a dia, seja para as necessidades básicas e da casa, além do trabalho

09/02/2019 08:37

A falta de água nas ruas São Crispim e Sarapuí, ambas localizadas na Vila Irmã Dulce, já se arrasta por 15 dias. Ao O DIA, as moradoras da região relataram as dificuldades de não ter um recurso essencial no dia a dia, seja para as necessidades básicas e da casa, além do trabalho, já que muitas delas são autônomas e realizam suas atividades em casa. É o caso de Domingas de Almeida, que faz bolos para vender. Ela conta que, com o desabastecimento, tem recorrido à compra de água ou pedido para vizinhos que moram nas imediações. 

Algo que também causa espanto para elas é que, a poucos metros dali, o fornecimento de água está normal. A moradora Conceição Cruz diz que não entende porque isso ocorre. “Eles comentam que estavam fazendo um trabalho e em alguns bairros da zona Sul ia ficar sem água, mas isso é inexplicável porque, em alguns locais próximos, a gente sabe que tem água”, relata.

Giselda Ribeiro também questiona a demora em solucionar o problema. “Não tem explicação pra isso. Nós estamos recebendo só ar [na torneira]”, reclama.

Giselda mostra os baldes vazios e a torneira sem uma gota de água (Foto: Assis Fernandes)

A moradora Francisca Medeiros conta que o filho fabrica produtos de limpeza em casa, como desinfetantes e amaciante, e está parado, já que necessita de muita água para a produção. “Além de tudo, a gente tem criança e precisa ficar comprando água”, desabafa, revelando que outro recurso tem sido o armazenamento de água das chuvas para lavar roupas.

Conceição diz ainda que a peregrinação em busca de água é algo que provoca constrangimento para os moradores. “Nós temos os reservatórios. Quando os reservatórios secam, a gente vai atrás de água. Tem que levar carrinho, balde. Geralmente, as pessoas dão água. É uma humilhação pra gente, ficamos constrangidas”, afirma.

Francisca Medeiros está armazenado água da chuva para poder lavar roupas (Foto: Assis Fernandes)

Domingas relata ainda que o filho perdeu aula a semana inteira, já que estava sem água. “Ele pegou a bermuda suja e colocou no sol pra vestir. Ontem eu fui comprar calcinha para vestir”, lamenta.

Madalena de Oliveira é moradora da Rua Sarapuí e conta que, com a mãe doente, a falta de água torna as coisas ainda mais difíceis. “Eu tenho uma pessoa idosa, acamada, e eu fico até 2h da manhã pra encher uma caixinha de 500 litros pra poder lavar roupa. Quem cuida de idoso tem que ter água”, diz.

Águas de Teresina disponibiliza carros-pipa

Procurada pela reportagem, a Águas de Teresina informa que, devido à necessidade de substituir equipamentos de um dos poços que integram o sistema de abastecimento da Vila Irmã Dulce, houve uma redução no fornecimento de água. Equipes já estão empenhadas na manutenção de forma a realizar o serviço no menor tempo possível minimizando os incômodos para os moradores.

De forma emergencial, a concessionária tem feito o atendimento com carros-pipa. A empresa reforça ainda que dispõe de canais de atendimento para que os consumidores reportem as demandas e a solução aconteça de forma assertiva. 

Desde que assumiu os serviços, a Águas de Teresina vem executando melhorias, tendo aumentado em 15% o volume de água distribuído na cidade. Conforme previsto em contrato, a concessionária tem até o ano de 2020 para universalizar o abastecimento de água tratada na área urbana da capital.

A concessionária está disponível em sete lojas de atendimento presencial, 0800 223 2000 e 115, além do WhatsApp (98124-3199). Baixando o aplicativo Águas App (disponível para Android e IOS), o cliente também tem acesso a vários serviços e pode ainda fazer denúncias e comunicar vazamentos de água e esgoto. Mesma disponibilidade o consumidor encontra no site (www.aguasdeteresina.com.br).

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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