Foto: Elias Fontenele/ODIA
A Sexta-feira Santa, ou
sexta-feira da paixão, lembrada
ontem (3), é considerada
pelos cristãos de todo
o mundo como sendo o dia
em que, de acordo com a
tradição católica, Jesus teria
sido crucificado e morto.
Para marcar o dia, no qual
segundo o dogma da Igreja
não pode haver missa, foi
realizada no Centro de Teresina
a procissão do Senhor
Morto, quando é carregada
simbolicamente a escultura
de Cristo.
Dia de jejuar e se recolher
em contrição, a Sexta-feira
que relembra a paixão do
Cristo é celebrada fervorosamente
pelos fiéis. Em Teresina,
uma procissão saindo da
Catedral de Nossa Senhora
das Dores até a Igreja de São
Benedito, ambas no centro da
cidade, marcou o ritual litúrgico
da Semana Santa na
capital na tarde de ontem (3).
De acordo com o Padre
Tony Batista, monsenhor da
Arquidiocese de Teresina, a
Sexta Santa é um dia de se
depositar junto com a dor e o
sofrimento da cruz de Jesus;
por conta disso, a celebração
conta com pouca liturgia.
“Não tem missa na Sexta da
Paixão. É um dia de silêncio
e de nos debruçarmos sobre o
calvário”, coloca.
De acordo com a historiografia
bíblica, depois de preparar
a última Ceia com os
12 apóstolos na Quinta-feira
Santa, Jesus é preso, julgado
e açoitado carregando a Cruz,
com uma coroa de espinhos
até o Monte Calvário, onde
é crucificado ao meio dia
entre dois ladrões. A tradição
afirma que Jesus morre por
volta das três horas da tarde
deste dia.
Hoje (4), acontece a celebração
da Vigília Pascal na
maioria das paróquias de
Teresina. A partir das 18h,
a Igreja comemora neste
sábado a ressurreição de
Cristo.
Beijo na Cruz
Durante a celebração da
Sexta-Feira da Paixão, é
comum os fiéis participarem
do tradicional beijo da Cruz.
De acordo com a Igreja, os
cristãos peregrinos dos primeiros
séculos a Jerusalém
descrevem, através de seus
diários que, em um certo
momento desta celebração,
a relíquia da Santa Cruz
era exposta para adoração
diante do Santo Sepulcro. Os
cristãos, um a um, passavam
diante dela reverenciando e
beijando-a. Este momento
é chamado de Adoração à
Santa Cruz.
Por: Francicleiton Cardoso - Jornal O DIA