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UFPI: docentes decidem não deflagrar greve, mas seguem em protesto contra PEC

Maioria votou a favor do movimento grevista, mas eram necessários dois terços dos votos para que ele fosse aprovado, o que não ocorreu.

16/11/2016 18:18

Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram não deflagrar a greve que era cogitada pela categoria como forma de protesto contra medidas do governo do presidente Michel Temer (PMDB), consideradas retrógradas e extremamente prejudiciais para o ensino público.

Por maioria de votos, os professores concluíram que a categoria deve recorrer a outras ações para pressionar o Governo Federal. Foram 337 votos no total, sendo 201 votos a favor da greve, 122 contra e 14 abstenções. Porém, a decisão final foi pela não realização do movimento grevista pois ele só seria aprovado se tivesse o aval de pelo menos dois terços dos votantes -  225 votos.

A assembleia teve como pauta única a deliberação acerca da greve, e ocorreu simultaneamente no campus de Teresina e nos demais campi da UFPI no interior do Estado.

Os professores, alunos e servidores da UFPI protestam contra a PEC 55/2016 do Senado, conhecida como PEC do teto dos gastos públicos, cujo texto já foi aprovado pela Câmara Federal, na PEC 241.

A proposta de emenda à Constituição limita as despesas e investimentos públicos aos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A PEC determina que esse teto para os gastos públicos terá validade inicialmente prevista para os próximos 20 anos. A proposta, no entanto, tem provocado inúmeros protestos por todo o país, sobretudo por conta do temor de que ela resulte no sucateamento dos serviços de saúde e de educação pública.

Embora a classe docente não tenha decidido pela deflagração da greve, os demais servidores da UFPI, representados pelo SINTUFPI, já estão em greve desde o início de novembro, e a Reitoria do campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina, está ocupada por estudantes há quase um mês.

Por: Cícero Portela
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