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UFPI perde 88 bolsas de pós-graduação após cortes do MEC

Bloqueio de recursos afeta quatro cursos em áreas das Ciências Agrárias e Antropologia. Concursos, no entanto, estão mantido, afirma reitor.

06/06/2019 16:20

A Universidade Federal do Piauí (Ufpi) perderá 88 bolsas de pós-graduação após os cortes de benefícios anunciados pelo Ministério da Educação na última terça-feira (4). O bloqueio dos recursos afeta quatro programas de pós nas áreas de Ciências Agrárias e Antropologia. A informação foi confirmada pelo reitor da Ufpi, professor José Arimatéia Dantas Lopes.

Os alunos que já estão matriculados, cursando e recebendo o benefício não serão prejudicados, mas com o corte, os alunos que virão depois destes não terão direito a receber a bolsa. “Essas bolsas, elas ficam congeladas e não está garantida mais reposição. Quando as pessoas que estão com essas bolsas defenderem suas dissertações de mestrado ou teses de doutorado, elas não continuarão para outros alunos”, explicou o reitor.

Campus da Universidade Federal do Piauí em Teresina (Foto: Jailson Soares / O DIA)

Como os cursos de pós que foram afetados são justamente alguns dos mais recentes criados pela Ufpi, Arimatéia teme que isso afete o crescimento e a consolidação desses programas. “Tirar as bolsas desses programas é como tirar a alimentação de um recém-nascido que precisa de alimento para crescer. Os estudantes precisam dessas bolsas para poder fazer suas pesquisas e o programa poder crescer. Sem bolsa, como que faz?”, questiona.

Só em recursos cortados pelo MEC, a Ufpi perderá R$ 33 milhões que são destinados sobretudo para as atividades de manutenção e funcionamento dos campi no estado. Áreas como transporte, energia, água e até a prestação de serviços terceirizados ficarão prejudicadas. A reitoria da universidade já começou a fazer as adequações necessárias, como o corte dos telefones funcionais, o não fornecimento de ônibus para transporte de alunos para eventos acadêmicos e também a demissão de terceirizados.

A folha de pagamento dos funcionários concursados – e isso inclui corpo docente –, no entanto, não ficou prejudicada. Isto porque os cortes do MEC mira nos recursos destinados ao funcionamento operacional das universidades. Isto implica dizer que a instituição ainda tem a prerrogativa de fazer concursos para substituir aqueles professores que vão se aposentando ou deixando a universidade por algum motivo.

Por: Maria Clara Estrêla e Breno Cavalcante
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