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Com menor taxa de homicídio, PI é o estado menos violento do Nordeste

Taxa de mortes no estado foi de 20,9 a cada cem mil habitantes em 2017. Dado é do Atlas da Violência, publicado pelo Ipea.

05/08/2019 10:27

O Piauí é o considerado o estado menos do violento do Nordeste, segundo o que aponta o Atlas Brasileiro da Violência, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado nesta segunda-feira (05) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Aplicadas, o Ipea. Os números revelam que o estado piauiense apresenta a menor taxa estimada de homicídios da região, tendo somado uma média de 20,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Os dados são referentes ao ano de 2017.

Para efeito de comparação, o estado mais violento do Nordeste, o Rio Grande do Norte, apresenta uma taxa estimada de homicídios de 67,4 por cem mil habitantes, um número duas vezes maior que o do Piauí. Logo em seguida aparece o Ceará, com 64,0 mortes por cem mil pessoas; Pernambuco, com 62,3 por cem mil; Sergipe, com 58,9 por cem mil; Bahia, com 55,3 homicídios por cem mil habitantes; Alagoas, com uma taxa de 53,9 mortes a cada grupo de cem mil; e, por fim, Paraíba e Maranhão, com uma taxa de 33,9 e 31,9 mortes a cada grupo de cem mil habitantes, respectivamente.


Foto: Jailson Soares/O Dia

Em se tratando de violência letal, o Estado, de acordo com o Atlas, possuía, em 2017, duas mesorregiões de destaque: a região Sudeste e a Centro-Norte Piauiense. Nestas áreas é onde se encontram os municípios considerados os mais violentos do Estado. São eles: Sebastião Barros, que possui pouco mais de 3 mil habitantes e uma taxa estimada de homicídio de 87,7 aa cada cem mil pessoas; Caldeirão Grande, com taxa de 70,4 por cem mil; e Vila Nova do Piauí, cuja taxa de mortes violentas era de 68,2 por cem habitantes em 2017.

A Capital, Teresina, é que apresenta uma situação mais delicada que o restante do Piauí como um todo. É que a taxa de homicídios na cidade chegou a 39,4 a cada grupo de cem mil habitantes em 2017, uma média acima da estadual. Com 850.198 habitantes naquele ano, a cidade registrou 319 mortes violentas.

Mas o que chama a atenção é que, em dez anos, a taxa de mortes violentas em Teresina subiu 64%, tendo saltado de 24,0 ocorrências a cada cem mil habitantes em 2007, até chegar aos 39,4 a cada cem mil em 2017. Mas a despeito deste aumento, a Capital piauiense figurou, naquele ano, como a oitava menos violenta do Brasil, e o que contribuiu para isso, segundo o Ipea, foi a queda de 13,4% no número de homicídios, registrada de 2016 para 2017.


Foto: Jailson Soares/O Dia

Ações são planejadas para melhorar os índices

Recentemente, o secretário de Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu, se reuniu com o prefeito de Teresina, Firmino Filho, para tratar de uma parceria no combate ao crime, sobretudo aqueles praticados contra o patrimônio alheio, como roubos, furtos e assaltos. O que a SSP pretende é compartilhar com a Prefeitura o sistema de monitoramento por câmeras que permitem o reconhecimento facial e a identificação de veículos mediante registro e consulta por placas.

No tocante aos crimes violentos contra a vida, como os homicídios, o secretário afirma que em 2019, o Piauí já conseguiu reduzir em 10% os registros, sobretudo em Teresina. “Precisamos fazer esse acompanhamento real e, no apanhado, o Piauí continua com a confirmação de queda nesses índices. Tivemos uma redução no primeiro semestre em relação aos outros estados e isso puxa a diminuição da criminalidade como um todo no país”, comenta Fábio Abreu.


Secretário de Segurança, Fábio Abreu - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Instituto de DNA dará mais eficiência

Ainda segundo o gestor, uma das frentes de atuação para manter a queda nos índices de crimes violentos é a instalação do Instituto de DNA, que vai contar com um banco de dados de materiais genéticos de pessoas envolvidas na prática de delitos. O Piauí pretende, com isso, integrar o Banco Nacional de Dados, que está sendo montado pelo Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

O Estado já iniciou a coleta de dados para o banco e, segundo Fábio Abreu, a gestão receberá um acréscimo nos investimentos do governo federal para inaugurar o laboratório nos próximos meses.

Por: Maria Clara Estrêla
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