Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Juiz mantém prisão de homem que matou a mãe e concede protetiva à irmã

Willame José da Silva já havia ameaçado matar a mãe e outros familiares várias vezes antes de cometer o crime.

30/06/2021 12:31

José Willame da Silva, acusado de matar a pauladas e pedradas a própria mãe em Teresina, continuará preso. Ele teve sua prisão em flagrante homologada e transformada em prisão preventiva após a decisão do juiz Markus Calado Schultz, da Central de Inquéritos. Na mesma decisão, o magistrado requereu uma medida protetiva para a irmã de Willame, a senhora Carmosina Maria de Jesus da Silva, alegando a alta periculosidade do acusado.

No entendimento de Markus Schultz, a biografia criminal do autuado mostra que se trata de um indivíduo perigoso que pode incorrer novamente na prática de atos violentos se mantido em liberdade ou prisão domiciliar. Além do homicídio da mãe, Willame responde também por crime de estupro de vulnerável na Justiça Piauiense. 

“A liberdade do autuado expõe a risco a ordem pública diante do risco concreto de reiteração delitiva pois cuida-se de uma pessoa que outrora praticou crime grave em desfavor de uma criança; e os elementos contidos nos autos revelam que o autuado é pessoa extremamente violenta, tendo inclusive em momento anterior ameaçado os membros de sua família”, argumentou o juiz.


Foto: Reprodução/Youtube

Markus pontuou que antes de tirar a vida da própria mãe, Willame já havia ameaçado matá-la várias vezes. O juiz concluiu que a liberdade do acusado é comprometedora à garantia da ordem e que as provas colhidas até o momento corroboram para a manutenção da sua prisão preventiva.

Devido aos conflitos familiares e às ameaças que o acusado já fez à irmã e aos demais membros da família, a justiça determinou ainda medida protetiva de urgência em favor da senhora Carmosina Maria de Jesus Silva caso haja uma eventual revogação da prisão preventiva de Willame. Pela protetiva, ele fica proibido de se aproximar da irmã e de seus familiares pelo mínimo de 300 metros, fica proibido de manter qualquer contato com a família e seus familiares, inclusive por meio de telefone e Whatsapp, e será impedido de ficar na mesma casa da irmã.

Acusado não tinha transtornos mentais, como afirmou a polícia

Na mesma decisão em que manteve Willame José da Silva preso, o juiz Markus Schultz lembrou que o acusado não possuía transtornos mentais conforme informou a polícia na cena do crime. Isto já havia sido provado em outro processo que ele responde na justiça por estupro de vulnerável. Paralelo a este procedimento, foi instaurado outro no qual a defesa pedia um exame de higidez mental para atestar que Wilame teria agido fora da posse de suas faculdades mentais ao abusar sexualmente de uma criança.

No entanto, o perito responsável pelo exame emitiu laudo no qual concluía que o autuado “entendia perfeitamente o caráter de seus atos e determinando-se de acordo com este entendimento”. Este foi um dos motivos que levou a justiça a homologar sua prisão em flagrante e convertê-la em preventiva.

Defensoria havia pedido liberdade

Antes mesmo do juiz determinar a manutenção da prisão de Willame, a Defensoria Pública do Piauí entrou com um pedido de liberdade visando manter a integridade física do acusado enquanto constatava de houve alguma ilegalidade na prisão, ou mesmo violência ou tortura. Com Willame seguindo preso, a justiça indeferiu o pedido da Defensoria.

Mais sobre: