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Mãe e filhas são liberadas pela Polícia após raptarem professora

As cinco mulheres prestaram depoimento à Polícia e foram liberadas. O grupo é suspeito de agredir e sequestrar uma jovem em Pio IX.

18/02/2018 11:02

As cinco mulheres suspeitas de terem agredido fisicamente a suplente de vereadora e professora Francisca Silvia da Silva Alencar, de 31 anos, foram liberadas pela Polícia após prestarem depoimento. Segundo a Polícia Civil, as agressoras alegam que agrediram a professora porque ela supostamente mantinha um relacionamento amoroso com um homem, identificado apenas como Josevaldo, que seria marido de uma e pai de três das agressoras.

O suposto sequestro ocorreu na cidade de Pio IX, município localizado a cerca de 440 km de Teresina, na última sexta-feira (16). A vítima estava em casa com o filho de 12 anos, quando foi surpreendida pelas agressoras. As cinco mulheres adentraram a casa da vítima e começaram a agredi-la. Com medo, a professora correu para a rua, mas foi capturada e colocada dentro de um carro modelo Onix, onde continuou a ser agredida e ameaçada de morte pelas suspeitas por todo o trajeto, até um sítio na divida dos estados do Piauí e Ceará, local em que foi mantida em cárcere privado por algumas horas.

Francisca Silvia da Silva Alencar, de 31 anos, foi agredida por um grupo de cinco mulheres. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

De acordo com o titular da Delegacia de Pio IX, o delegado Aureliano Barcelos, ao chegar no sítio, as agressoras encontraram com Josevaldo, que tentou intervir na situação e liberar a vítima. "Ele chegou lá e tentou intervir para proteger a moça, segurou uma delas e, nesse momento, a vítima correu para um matagal, onde ficou escondida por 1 hora. Quando percebeu que elas tinham ido embora, o sujeito foi até ela e colocou ela dentro de um carro e voltou para a cidade de Pio IX", relata o delegado.

Ao retornar para Pio IX, a vítima foi encaminhada para o hospital do município, onde recebeu cuidados médicos. Em seguida, foi encaminhada à Delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra as agressoras. "Nesse meio tempo, nós iniciamos as investigações, entramos em contato com toda a Polícia da região para fazermos barreiras. Elas foram encontradas em Tauá [no estado do Ceará], que é a cidade onde supostamente residem", afirma o delegado.

Ainda segundo o delegado, o grupo foi identificado por meio de um crachá deixado na casa da vítima. A suspeita é de que o documento de identificação tenha caído durante a luta corporal entre a vítima e as agressoras. Em posse do crachá, a Polícia conseguiu chegar até o endereço das envolvidas no crime. "Elas foram presas e ouvidas em Tauá, e alegam que a vítima estava tendo um caso com o pai delas e que também é marido de uma delas, mas a vítima nega qualquer relacionamento com esse rapaz", destaca o delegado Aureliano Barcelos.

Após serem ouvidas, as cinco mulheres foram liberadas pela Polícia por possuírem bons antecedentes. As supostas agressoras devem ser ouvidas nos próximos dias na Delegacia de Pio IX e podem ser indiciadas pelos crimes de lesão corporal, tortura e sequestro.

Por: Nathalia Amaral
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