A organização criminosa desarticulada hoje pela Polícia Federal, durante a Operação Metalon, contava com a participação de membros
"batizados pelo PCC desde adolescentes". Foram essas as palavras
usadas pelo delegado Willame Moraes para se referir à quadrilha especializada
em ataques a bancos que agia no Piauí e no Maranhão.
Ao todo, foram expedidos 12 mandados de prisão preventiva, dos quais oito são contra pessoas que já se encontravam presas e quatro são contra acusados que estavam em liberdade. Estes últimos ainda estão foragidos. Dentre eles, há o chefe do grupo, que é natural do Estado de Minas Gerais. A polícia não revelou a sua identidade.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Os alvos da polícia são os responsáveis pelo roubo à Caixa Econômica de Timon, em outubro do ano passado. Na ocasião, houve confronto com a polícia e um morador de rua acabou sendo morto por uma bala perdida. Outra ação pela qual o grupo foi responsável foi o ataque à agência da Caixa na Avenida Barão de Gurgueia, em setembro de 2017.
Com relação à ligação desta quadrilha com os membros do PCC, a Polícia Federal informou que os envolvidos nos crimes a bancos no Piauí são cooptados por criminosos de outros estados. Os cooptadores, integrantes da facção criminosa, foram presos em operações locais e cumprem parte das penas nos presídios piauienses.
Dentre os alvos que já estavam detidos há outro homem outro natural de Minas Gerais que, junto com o chefe que está sendo procurado, formavam o "grupo cabeça" da organização. "Nós temos que ter atenção especial com ele, uma vez que se trata de um preso com experiência nos crimes a bancos e que está convivendo com presos aqui. Ele pode facilmente cooptá-los para atuar no Piauí em nome da organização e do PCC", afirmou o delegado Willame Moraes.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Na ação de hoje, a PF apreendeu um veículo e vários aparelhos celulares. Somente uma pessoa chegou a ser presa, mas em flagrante por tráfico de drogas. Os entorpecentes foram encontrados em um dos locais alvos dos mandados.
A operação Metalon contou com a participação de 26 policiais federais e 18 policiais civis e foi coordenada pela Divisão de Crimes Contra o Patrimônio e Tráfico de Armas, liderado pela delegado Larissa Magalhães.
Edição: Nayara FelizardoPor: Maria Clara Estrêla