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Parque Rodoviário: OI Telemar é indiciada por crime ambiental

Empresa alegou que fazia vistorias regulares no local e PMT reiterou que o clube não estava no mapa de risco. Inquérito será encaminhado à Justiça esta semana.

11/07/2019 08:40

A Delegacia do Meio Ambiente concluiu o inquérito que apura a tragédia acontecida no Parque Rodoviário em abril deste ano e indiciou a empresa Oi Telemar por crime ambiental doloso. A empresa de telefonia é a responsável pelo clube onde ficava a lagoa que rompeu e destruiu 40 casas, deixando duas pessoas mortas.

De acordo com o delegado Edenilza Viana, titular da Divisão de Meio Ambiente, a perícia feita no local do desastre atestou que a força da água que transbordou da lagoa causou não só a destruição da vegetação, como também provocou a erosão do solo da região. A empresa responsável pelo clube alegou, em depoimento de seus representantes, que fazia vistorias regulares no local, tendo a última sido feita, inclusive, dois meses antes da tragédia.


Foto: Poliana Oliveira/O Dia

“Mesmo assim, o dano ambiental foi muito alto. No entanto, como ficou comprovado que o local tinha realmente passado por inspeções recentes, o indiciamento será por crime doloso e não culposo, que é quando há a intenção de cometê-lo”, explicou a delegada Edenilza. A Prefeitura de Teresina também foi mencionada no processo, mas o ente municipal alega que a área onde fica o clube da Telemar não constava no mapa de risco. “Segundo a administração pública, não havia qualquer relatório ou documento que indicasse uma ameaça de rompimento, conforme os protocolos por ela adotados”, finaliza a delegada.

O relatório completo será fechado e encaminhado pela Delegacia do Meio Ambiente ao Ministério Público ainda esta semana. A partir daí, o ente ministerial analisará as provas materiais e decidirá se representará ou não pela denúncia dos indiciados à justiça.


Foto: Poliana Oliveira/O Dia

A que diz a empresa

A reportagem do Portal O Dia entrou em contato por e-mail com a assessoria da empresa Oi Telemar. A empresa disse apenas que não comenta casos que ainda estejam em andamento.

A targédia

Foi na noite do dia 04 de abril que as paredes de contenção do clube da Oi se romperam, após a lagoa que havia no interior do local encher com as fortes chuvas e acabar transbordando. A força da água destruiu pelo menos 40 casa, deixou vários feridos e duas pessoas mortas. Na ocasião, a Prefeitura disse que a região não constava como sendo área de risco no mapa traçado para o período chuvoso deste ano. Equipes do poder público foram deslocadas para prestar assistência aos desabrigados e em junho as casas destruídas começaram a ser reerguidas por equipes da SDU-Sul.

Por: Maria Clara Estrêla
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