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Convenções do PSL e do Pros ocorreram na Câmara Municipal de Teresina, na manhã deste sábado
Em outro espaço da sede do Legislativo da capital também ocorreu nesta manhã a convenção do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que caminhou junto ao PSL durante toda a pré-campanha.
Hoje, as duas legendas confirmaram a aliança tanto na coligação majoritária quanto na proporcional para o pleito deste ano. As convenções reuniram dezenas de lideranças comunitárias, filiados e os até então pré-candidatos dos dois partidos.
Fábio Sérvio, agora candidato ao Governo, afirmou que, se for eleito, pretende realizar uma auditoria nas contas públicas do estado referentes aos últimos 20 anos.
"O primeiro passo é iniciar um processo de combate à corrupção no estado, que envolva todas as esferas. E o começo acontece dando o exemplo em casa. Nossa primeira proposta é fazer uma grande auditoria, que englobe pelo menos 20 anos das contas públicas do Piauí. É preciso identificar para onde foram os recursos públicos do estado. Hoje nós temos um orçamento de quase R$ 11 bilhões. Um orçamento que seria suficiente, sim, para garantir a qualidade dos serviços públicos. Mas todos nós sabemos que o estado não funciona, por causa de desvios de finalidade, desvios de recursos públicos e por causa da propina. É preciso, em primeiro lugar, combater isso", afirma Sérvio.
O ex-deputado federal Elizeu Aguiar (PSL) enalteceu o papel do candidato à Presidência Jair Bolsonaro no atual contexto político do país, afirmando que ele é o único capaz de dar um "choque de gestão" no Governo Federal.
"Nós temos um candidato fortíssimo a presidente da República, que é o Jair Bolsonaro, e está fazendo história por onde passa, com ideias firmes e fortes. O país precisa retomar a ordem. Na bandeira do Brasil está escrito ordem e progresso, e não há progresso sem ordem. O Bolsonaro representa essa vontade de retomar a ordem, e nós vamos levantar essa bandeira também aqui no Piauí, no sentido de podermos construir um novo estado, que ao longo do tempo tem sido maltratado pelas administrações - a maioria delas, desastrosas", afirmou Elizeu.
Elizeu Aguiar, candidato ao Senado Federal pelo PSL
Aguiar também defendeu a criação de um pacto federativo em que estados e municípios recebam uma parcela maior dos recursos arrecadados através da tributação.
O candidato ao Senado observa que a grande concentração de recursos nas mãos da União possibilita a ocorrência de mais desvios e leva a uma distribuição desigual dos investimentos, em que as cidades e estados mais beneficiados são aqueles cujos governantes estão alinhados ao chefe do Executivo nacional.
Antônio José Lira, o outro candidato ao Senado da chapa, afirmou que o PSL e o Pros foram assediados durante toda a pré-campanha, para que desistissem de lançar uma coligação majoritária, mas "resistiram até o final".
"Diziam que nós estamos fracos nas pesquisas, que não vamos crescer. Mas que fraqueza é essa que incomoda tanto, a ponto de virem uma, duas, três, não sei quantas vezes atrás de nós para pedir que desistíssemos? Por isso, eu afirmo que só de estarmos aqui, lançando nossas candidaturas, já somos vitoriosos", declarou Antônio José Lira.
Pros defende renovação e lança apenas candidatos que nunca exerceram mandato eletivo
O major Diego Melo, presidente do Pros no Piauí e candidato a deputado federal, considera que os piauienses querem uma renovação na política, e por isso a legenda decidiu lançar apenas candidatos que nunca exerceram cargo público eletivo.
O major Diego Melo, presidente do Pros e candidato a deputado federal (Foto: O DIA)
"O Piauí quer renovação e quer mudança. Isso é expressado nas ruas, por onde andamos, por todas as pessoas com que conversamos. Rodamos, mais ou menos, cem mil quilômetros, e nunca encontramos ninguém que defenda essa corja de corruptos comandada pelo Wellington Dias. Então, acreditamos que a mudança vai acontecer, porque o Piauí tem opção de mudança verdadeira, com Jair Messias Bolsonaro, Fábio Sérvio, com o PSL e o Pros, com nossos candidatos a deputado federal, deputado estadual e a senador", pontua.
Major Diego também citou a operação Topique, deflagrada na última quinta-feira pela Polícia Federal, que desbaratou um megaesquema de desvio de recursos públicos destinados à contratação de transporte escolar e locação de veículos pelo Governo do Piauí e por prefeituras do estado - esquema que teria gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 120 milhões em verbas oriundas do Governo Federal.
"Eu tenho certeza que nas urnas será revelada a indignação da nossa sociedade com esses atos de corrupção, que levaram à cadeia desde o presidente deles [Lula] até os menores. Agora mesmo prenderam pessoas que trabalhavam na Secretaria de Educação. Por enquanto foram pessoas pequenas, mas em breve serão as grandes. O estado está muito aparelhado, tem muita gente aí que protege esse povo, mas se Deus quiser, com a eleição do Fábio Sérvio, em 2019 nós vamos abrir uma auditoria sobre as contas da Seduc e de toda as outras secretarias. E quem roubou vai ser preso, processado e vai devolver o dinheiro público", afirmou o major.
Corte na verba de gabinete
O candidato ao Governo Fábio Sérvio também defendeu um corte expressivo nos gastos dos deputados estaduais piauienses com verba de gabinete, despesas que, segundo ele, são semelhantes às de senadores da República.
"São R$ 9 milhões gastos com verbas de gabinete mensalmente. Isso é muito dinheiro. É preciso rever isso, requalificar isso, aplicar esse dinheiro de outra forma. Nós temos hoje, no Piauí, um problema de prioridade orçamentária. Dinheiro não falta, o que falta é prioridade", afirmou Sérvio.