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Abraçados na lama!

Leia a coluna Roda Viva desta sexta-feira.

22/03/2019 09:54

Abraçados na lama!

A prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) nesta quinta-feira (21), pela Polícia Federal, expôs um fenômeno que tem se repetido muito no país nos últimos cinco anos, desde que a Operação Lava Jato foi deflagrada. Políticos que sempre foram adversários, ou que recentemente tinham se tornado antagônicos, passam, de repente, a se defender de forma impetuosa, sempre com o argumento de que o Estado brasileiro estaria, supostamente, sendo marcado por uma tendência punitivista, que estaria sendo forjada pelo Ministério Público e por parte do Judiciário, com o apoio da Polícia Federal. Momentos após a prisão de Temer, vários petistas adotaram um discurso acautelado ao comentar o novo desdobramento da Operação Lava Jato. Em nota, o Partido dos Trabalhadores declarou que "espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT". Repetindo o velho discurso fantasioso de "golpe" contra Luiz Inácio da Silva, o partido, rejeitado pela esmagadora maioria dos brasileiros nas eleições de 2018, afirma que após serem "cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro e os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora". É lamentável observar que uma das maiores agremiações partidárias do país persista, de forma desavergonhada, negando que seus principais líderes tenham se envolvido em esquemas de corrupção reiterados, por meio dos quais foram desviados bilhões de recursos públicos nas duas últimas décadas. 

A deputada Lucy Soares (Progressistas) e o deputado Themístocles Filho (MDB) foram fotografados numa descontraída conversa durante sessão na Assembleia nesta semana. Já é de conhecimento público que o chefe do Legislativo piauiense mantém há alguns anos uma relação pouco amistosa com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB). O desgaste entre ambos foi exacerbado, sobretudo, em alguns episódios: na eleição para a mesa diretora da Alepi no início de 2015, quando Firmino declarou sua preferência pela vitória de Fábio Novo (PT), e na eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal em novembro de 2017, quando Themístocles deu o troco, ajudando Jeová Alencar a articular sua reeleição para a presidência da Casa, mesmo sem o aval do correligionário, que estava em viagem à Europa. O bate-papo animado entre a primeira-dama da capital e Themístocles seria um sinal de trégua ou mesmo de reaproximação do emedebista com o tucano? A conferir...

Brasileiros no aperto

Levantamento realizado no último mês de fevereiro pela Confederação de Dirigentes Logistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com apoio da  Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aponta que 64% dos consumidores brasileiros vivem no limite do orçamento, ou seja, raramente ou nunca têm dinheiro sobrando. Enquanto 26% conseguem, às vezes, ter uma reserva e apenas 9% afirmam que sempre ou frequentemente contam com alguma sobra. Além disso, 27% temem que o dinheiro não dure até o fim do mês.

Despreparados

Outro dado mostra que somente 10% estão preparados para lidar com imprevistos. Seis em cada dez (64%) não possuem capacidade de lidar com despesas inesperadas. O nível de bem-estar financeiro de cada consumidor varia de acordo com respostas dadas em dez questões que avaliam os hábitos, costumes e experiências com uso do dinheiro. Numa escala que varia de zero a 100, quanto mais próximo de 100, maior o nível médio de bem-estar financeiro da população; quanto mais distante de 100, menor o nível. Em fevereiro de 2019 o indicador ficou estável ao marcar 48,3 pontos — muito próximo do índice observado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 48,5 pontos.

O presidente do diretório regional do PPS, Celso Henrique, diz que o partido pretende atrair novas filiações com a mudança de nome, que deve ser oficializada neste fim de semana, durante convenção nacional. "Estaremos reunidos os delegados de todos os estados para termos uma decisão sobre a mudança de nome. Já foram ouvidas todas as instâncias do partido e o nome escolhido foi Cidadania. Agora é só bater o martelo. Queremos prestigiar os grupos organizados que entraram no partido para dar sua colaboração, e uma das exigências que eles fizeram foi a mudança do nome da sigla pra Cidadania", afirma Celso Henrique.

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