O governo do presidente em exercício Michel Temer, que completou três meses nesta sexta-feira (12), vem colecionando frases polêmicas. Declarações de ministros e do próprio Temer geraram intensa repercussão negativa, especialmente nas redes sociais.
O último episódio da série de escorregadas dos integrantes do governo interino ocorreu na última quinta-feira (11), quando o ministro da Saúde, Ricardo Barros, gerou polêmica ao fazer um comentário sobre a atuação de homens e mulheres no mercado de trabalho. A declaração foi interpretada como "machista".
Em algumas situações, o presidente em exercício chegou a desautorizar ministros publicamente devido a falas que constrangeram o Palácio do Planalto.
Relembre algumas polêmicas do governo Temer:
Homens 'trabalham mais'
Um dos principais protagonistas de frases polêmicas no primeiro escalão tem sido o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Na última quinta, ele voltou a movimentar as redes sociais depois de afirmar que os homens "trabalham mais", são os "provedores da maioria das famílias", e, por isso, cuidam menos da própria saúde porque "estão fora trabalhando".
A declaração repercutiu negativamente e foi contestada, inclusive, pela própria filha do ministro, a deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP-PR).
Barros, então, divulgou nota na qual se desculpou pela fala e esclareceu que se referiu não à jornada de trabalho, mas, sim, ao número de homens no mercado de trabalho.
Serra “alertou” a chanceler mexicana Claudia Ruiz Massieu sobre o "perigo" que o alto número de parlamentares mexicanas pode oferecer aos políticos brasileiros.
— Devo dizer, cara ministra, que o México, para os políticos homens no Brasil, é um perigo, porque descobri que aqui quase a metade dos senadores são mulheres — disse o ministro, de acordo com a agência de notícias AFP.
"Nem Finlândia, Suécia ou Dinamarca, que são países riquíssimos e muito bem resolvidos na questão de equidade, ofertariam um programa tão generoso como esse, sem qualquer acompanhamento", declarou.
"É um programa caríssimo, e para atender 35 mil alunos. Sem avaliação, sem acompanhamento. Boa parte dos cursos são de terceira linha, sem sequer compatibilidade curricular com nossas universidades. Foi feito e moldado de forma absolutamente amadorística", concluiu o ministro.
"Se tiver algum ponto em que médicos brasileiros não queiram ir, teremos lá um médico cubano. É melhor ter um médico cubano do que um farmacêutico ou uma benzedeira", afirmou, em junho.
Ele sofreu duras críticas de movimentos sociais por não ter nomeado nenhuma mulher para chefiar ministérios em seu governo.
"Você sabe que eu fiz a junção de vários ministérios. E agora, em pelo menos em três deles, a Cultura – Educação e Cultura. Mas para a Cultura eu quero trazer uma representante do mundo feminino. Para a Ciência e Tecnologia e Comunicações, quero trazer uma representante do mundo feminino. E também na chamada Igualdade Racial, mulheres e etc., que passou a ser Cidadania, eu quero trazer uma mulher. Portanto, eu terei, no mínimo, quatro mulheres integrantes do ministério", disse Temer.
Em fase de testes, a pílula causou polêmica entre especialistas. Barros, então, defendeu que o produto seja utilizado mesmo sem efetividade comprovada.
"Na pior das hipóteses, é efeito placebo. Dentro dessa visão, se ela não tem efetividade, mas as pessoas acreditam que ela tem, a fé move montanhas", disse Barros na ocasião.