A campanha de vacinação contra a febre aftosa no Piauí, com previsão para terminar hoje, até agora atingiu apenas 26% do rebanho de 1,6 milhão de cabeças de gado. Com isso, a Secretaria de Desenvolvimento Rural já pediu ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a prorrogação da campanha. O Piauí precisa atingir no mínimo 95% para continuar com o selo de livre da aftosa.
Superintendente da SDR, Francisco Limma, diz que Estado vai negociar com grevistas (Foto: Moura Alves/O Dia)
O movimento está sendo prejudicado pela greve dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), que estão parados desde o dia 18 de maio. A Adapi é que faz a certificação da vacinação, documento necessário para o Mapa constatar que o gado foi vacinado.
Os servidores reivindicam a revogação imediata da lei do enquadramento, aprovada recentemente pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e que, segundo eles, prejudica as promoções dos funcionários públicos da agência. “Antes, o servidor que fazia uma qualificação, estava capacitado para ser promovido. Agora, isso não acontece mais, pois para que seja criada a vaga é preciso aprovar uma nova lei. Nós já temos o nosso PCCS. Essa lei nos prejudica”, afirma Wilson Alexandre, diretor do Sindicato dos Servidores Efetivos da Adapi (Asdapi).
O presidente da Associação dos Fiscais da Adapi, Dário Magalhães, entidade que também apoia a greve, reclama ainda que a categoria exige melhores condições de trabalho e atualização do PCCS, que segundo ele estaria defasado. “Nós já tivemos duas reuniões com o Governo, que diz que não negocia com servidores em greve”, diz Magalhães.
Por: Robert Pedrosa - Jornal O DIA