A secretária de Educação Rejane Dias (PT) confirmou na tarde desta sexta-feira (08) que vai voltar à Câmara dos Deputados para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela será temporariamente exonerada e retoma a sua vaga, ocupada atualmente pelo deputado Silas Freire (PR).

Quem poderá fazer o mesmo é o secretário de Segurança Fábio Abreu (PTB). No entanto, ele disse que não foi informado sobre essa possibilidade, embora demonstre está à disposição. “Se for necessário, eu volto à Câmara e voto contra o impeachment da Dilma, assim como voto contra o do Temer. Os dois processos estão sendo conduzidos de forma errada”, declarou o secretário. Com o retorno de Fábio Abreu, o deputado Mainha (PP) perde a vaga.

Uma pesquisa do instituto Datafolha, publicada hoje no jornal "Folha de S.Paulo", afirma que 60% dos deputados federais se dizem favoráveis ao impeachment, o que representa 308 deputados, considerando o total de votantes (513). Para que o impeachment seja aprovado na Câmara, são necessários 342 votos. Foram ouvidos na pesquisa 359 parlamentares entre 21 de março e 7 de abril: 291 deputados e 68 senadores.

Rejane Dias e Fábio Abreu devem ser exonerados somente quando for marcada a sessão para votação do impeachment no plenário, o que deve ocorrer na próxima semana.

Essa não é a primeira que o governador Wellington Dias (PT) exonera os dois secretários para que eles votem temporariamente à Câmara dos Deputados. Em julho de 2015, eles ficaram por 72 horas no Congresso para a liberação de emendas no valor de R$ 10 milhões para cada um. Caso não retomassem, a verba ficaria perdida.

Por: Nayara Felizardo