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Elizângela Moura diz que vai cobrar novos assentamentos do Incra

Deputada, que também é presidente da Fetag Piauí, afirma que, além de regularizar famílias já assentadas, o Incra também precisa buscar a liberação de novos assentamentos.

07/08/2019 17:51

A deputada estadual Elisangela Moura (PCdoB) afirmou nesta quarta-feira (7) que pretende reunir-se ainda este mês com o ex-vereador Tiago Vasconcelos, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Piauí, para tratar com ele sobre a reforma agrária no estado.

Presidente licenciada da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (Fetag-PI), Elisangela diz ter ficado preocupada com o anúncio, feito por Tiago, de que em sua gestão o Incra-PI vai se dedicar apenas à regularização dos assentamentos já existentes, sem buscar a liberação de novas áreas.

A deputada Elisangela Moura (Foto: Divulgação Alepi)

"A gente ouviu, nos meios de comunicação, seu pronunciamento, colocando que o Incra terá como objetivo neste momento fazer a regularização das famílias que estão assentadas, e que não irá pleitear nenhum novo assentamento. Isso nos preocupou bastante. Nós queremos, sim, que aquelas famílias já assentadas sejam regularizadas, mas nós também temos muitas demandas de famílias que ainda não conseguiram seu pedaço de terra, e que precisam também conseguir. A gente precisa sentar pra fazer esse debate, porque como é que essa questão vai avançar se não houver novos assentamentos? Esse diálogo será levantado não só pela Fetag, mas por outros movimentos", afirma a deputada.

Elisangela afirma que a orientação de não aprovar novas áreas para a reforma agrária deve ter partido de Brasília, mas diz estar confiante de que novos assentamentos podem, sim, ser aprovados no curto prazo. 

Marcha das Margaridas

A deputada também falou sobre a Marcha das Margaridas, evento que acontece anualmente na capital federal, em defesa dos direitos das mulheres, e que este ano vai ser realizada nos dias 13 e 14 de agosto.

Para Elisangela, a marcha tem ganhado uma função ainda mais importante, diante do expressivo aumento dos casos de feminicídio e demais crimes praticados contra as mulheres. Ela cita também o papel de mobilização política desempenhado pela marcha.

"Mulheres de todo o país participam da Marcha das Margaridas, boa parte delas são chefes de família, e é mais do que justo que essas mulheres possam também ocupar espaços e ser protagonistas das políticas públicas no país. A gente está observando cortes de recursos para a educação, para a saúde, e as mais prejudicadas somos nós, mulheres, principalmente as que vivem no campo, nos pequenos municípios, nas comunidades, onde elas continuam esperando condições melhores de vida", afirma a deputada.

Por: Breno Cavalcante
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