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Em últimos programas no rádio e na TV, Haddad e Bolsonaro seguem com ataques

Esta sexta-feira (26) é o último dia de exibição dos programas dos candidatos à Presidência da República no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

26/10/2018 15:55

No último dia da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, os presidenciáveis voltaram a trocar ataques pesados, com o intuito de minar os votos do adversários e conquistar os indecisos, que ainda são muitos, conforme apontam as últimas pesquisas de intenções de votos divulgadas pelos principais institutos.

A campanha do candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) lembrou que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), assim como seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL), também deputado, votaram a favor da reforma trabalhista, que introduziu na legislação várias regras que são vistas como retrocessos por muitos magistrados da Justiça do Trabalho e por membros do Ministério Público do Trabalho. "Bolsonaro votou com Temer para tirar os seus direitos trabalhistas", diz uma das apresentadoras do programa eleitoral do PT.

A propaganda de Haddad afirma, ainda, que uma das primeiras medidas de Bolsonaro, se eleito, será trabalhar pela aprovação de uma reforma da Previdência que será nociva para a população mais pobre e para a classe média, sem promover o necessário diálogo com a sociedade. "[Bolsonaro já afirmou que também vai tirar a sua aposentadoria. Ele é o legítimo representante do governo Temer. Bolsonaro é a velha política. Aquela que você tanto quer mudar. Ele vota contra os direitos do povo, mas quer manter seus próprios privilégios", acrescenta a inserção de Haddad.

Já a campanha de Bolsonaro voltou a alertar para a violência fora de controle no país, lembrando que, só em 2017, houve mais de 60 mil homicídios. De acordo com o programa do presidenciável do PSL, a corrupção nos governos petistas gerou a violência e o desemprego que atingem milhões de brasileiros. "No Brasil, morrem assassinados todos os anos mais de 60 mil pessoas. É um Maracanã lotado! Violência e desemprego são resultados da prática em que o PT se tornou especialista no Brasil: corrupção", afirma o VT.

    

O programa de Bolsonaro também expôs trechos das delações de Antonio Palocci (PT), ex-ministro dos governos de Lula e Dilma Rousseff, e de Mônica Moura, esposa do ex-marqueteiro do PT João Santana. Nos trechos, os dois detalham esquemas de caixa 2 para campanhas petistas. "Corrupção é uma praga que tira comida da mesa dos brasileiros, deixa pessoas nas filas da saúde e tira crianças da escola. O PT foi o responsável pelos dois maiores escândalos de corrupção da história: o mensalão e o petrolão. Até agora, já foi comprovado o desvio de R$ 47 bilhões dos cofres públicos. O PT também inventou o Temer, e juntos fizeram um estrago sem precedentes na nossa história", afirma a inserção de Bolsonaro.

A campanha de Haddad também lembrou que, em várias ocasiões, Bolsonaro já defendeu a ditadura militar e a tortura, inclusive durante pronunciamentos na Câmara Federal. E disse que o candidato do PSL quer entregar as riquezas do país aos estrangeiros. 

"Bolsonaro é ódio e violência [...] Pior! Bolsonaro é adorador de Brilhante Ustra, o maior torturador e estuprador da ditadura militar [...] Bolsonaro não é o candidato do povo, é o candidato dos milionários. Não é o candidato da esperança, é o candidato do salto no escuro. Não é o candidato da segurança, é o candidato da violência", afirma a apresentadora em outro trecho do programa petista.

O VT do PSL também chama Haddad de "segundo poste de Lula" e lembra que ele não conseguiu se reeleger para a Prefeitura de São Paulo em 2016. "Em sua propaganda, mentem, caluniam, inventam. O segundo poste de Lula age como um fantoche. Durante toda a sua campanha, Haddad foi a Curitiba pedir a benção do presidiário. Haddad foi o pior prefeito do Brasil, e não conseguiu se reeleger. Responde a mais de trinta processos na Justiça", acrescenta.

O programa de Bolsonaro voltou a afirmar que Haddad criou o chamado "kit gay", contrariando determinação do Tribunal Superior Eleitoral, que já proibiu o candidato do PSL de divulgar esta informação, por se tratar de uma "fake news".

Em nota, o Ministério da Educação já esclareceu por diversas vezes que jamais adquiriu, produziu ou distribuiu o livro "Aparelho sexual e cia.", que Bolsonaro e seus apoiadores dizem ter sido enviado para escolas quando Haddad comandou o ministério, entre 2005 e 2012.

Atos no Piauí

Neste sábado, pela manhã, será realizada uma caminhada de apoio a Fernando Haddad na Avenida José Francisco de Almeida Neto, no bairro Dirceu Arcoverde, zona sudeste de Teresina. A concentração será a partir das 8 horas, em frente à lanchonete Dogão.

Também pela manhã, em Parnaíba, acontecerá uma caminhada de apoio a Haddad na Rua Caramuru, com concentração a partir das 8 horas, no Mercado da Guarita. 

Em Teresina, à tarde, ainda acontece uma carreata de apoio ao presidenciável petista. A concentração será a partir das 15 horas, no bairro Saci, zona sul, em frente ao Posto Ipiranga.

Os apoiadores de Bolsonaro na capital estão organizando dois grandes atos para o sábado, no turno da tarde. Será realizada uma carreata com concentração a partir das 15 horas, na Avenida Zequinha Freire, em frente à rotatória situada próximo à Faculdade Novafapi. A carreata deve se deslocar por diversas ruas e avenidas da cidade, com encerramento previsto para ocorrer na Avenida Marechal Castelo Branco, em frente ao Shopping Rio Poty. 

Na Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França será realizado novo ato de apoio ao presidenciável do PSL, a partir das 16 horas do sábado.

Por: Cícero Portela
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