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"Esperamos o pior com a vitória de Trump", diz piauiense que mora nos EUA

A maior insegurança dos imigrantes é quanto à renovação da permissão para trabalhar no País. Mudanças nas leis e o discurso xenófobo também assustam

09/11/2016 09:45

A sensação é de insegurança entre os brasileiros que moram nos Estados Unidos. A vitória de Donald Trump, além de surpreender, deixou muitos imigrantes com medo. O republicano venceu a candidata democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, conquistando ao menos 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos.

Segundo a piauiense Yatta Linhares, que mora em Lexington, do Estado de Kentucky, os brasileiros estão sem acreditar. “Estamos esperando o pior, as medidas mais absurdas. Porque todos acham ele louco”, disse Yatta.

A maior insegurança dos imigrantes é quanto à renovação da permissão para trabalhar no País. “O meu marido tem o visto que o autoriza a trabalhar, mas tem que renovar a cada ano. Agora a gente tem medo de mudanças nas leis e de ele não conseguir. Pessoas que estavam tentando conseguir essa permissão, agora veem que será impossível”, relata a piauiense.

Yatta faz doutorado na Universidade de Kentucky, e tem visto para estudante. “Eu estou mais segura, porque meu visto é para estudar. O problema que vejo é o preconceito do novo presidente com relação aos imigrantes, e como isso poderá repercutir em mudanças nas leis”, avalia.

De acordo com matéria publicada pela BBC nesta quarta-feira (09), estima-se que um milhão de brasileiros, entre imigrantes legalizados e ilegais, vivam nos EUA. Nos discursos de campanha, Trump fez declarações polêmicas, ameaçando deportar 11 milhões de imigrantes ilegais. Ele ainda prometeu construir um muro na fronteira com o México.

A BBC destacou ainda que, em 2015, Trump citou o Brasil ao listar países os quais, segundo ele, tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais que ele considera injustas. A balança comercial entre as duas nações, porém, é favorável aos EUA.

Por: Nayara Felizardo
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