O candidato à Prefeitura de Teresina pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado estadual Fábio Novo, afirmou, em entrevista concedida à O Dia TV, canal 23.1, que pretende, caso seja eleito, fazer um pacto pela saúde com o objetivo de reduzir a fila de espera para consultas e cirurgias, além de aplicar mais recursos nos hospitais municipais de Teresina.

Segundo ele, atualmente existe uma fila de 80 mil pessoas esperando na fila para marcação de atendimento médico no sistema de saúde municipal. Na visão do candidato petista, a atual gestão municipal geriu mal os recursos recebidos para atuar no combate à pandemia do novo coronavírus, tendo investido na construção de hospitais de campanha, ao invés de usar as verbas para melhorar os hospitais municipais.

^{Foto: Elias Fontenele/O Dia}

“Como sou uma pessoa que tem um bom trânsito político, com quem é do Governo e com quem é da oposição, eu vou sentar com o governador do Estado e vamos chamar também a nossa bancada federal para pedir recursos e vamos fazer um pacto pela saúde, envolvendo os hospitais municipais, os hospitais estaduais e também as clínicas particulares, para liquidar essa fila de consulta e cirurgias que está reprimida”, aponta.

Apesar de ser um dos nomes da oposição a Kleber Montezuma, candidato da atual gestão do Palácio da Cidade, Fábio Novo defende que, se eleito, deverá ter uma gestão dialogada com outros partidos e políticos de oposição, não apenas aqueles da base do Governo do Estado.

“Os senadores Ciro Nogueira e Elmano Férrer são meus adversários políticos, eu vou procura-los e apresentar os projetos para a cidade de Teresina, e não acredito que o presidente Bolsonaro, e nem o senador Ciro Nogueira, e nem o senador Marcelo Castro, nenhum senador pelo Piauí será contra a cidade de Teresina. Se tivermos bons projetos, os projetos serão atendidos. E eu vou ter bons projetos, a minha vida sempre foi de apresentar projetos republicanos e vou continuar apresentando para fazer mais e melhor por Teresina”, destaca.

Sobre o antipetismo e a oposição à esquerda que tem aumentado nos últimos anos, o candidato do PT ressalta que os eleitores não devem se basear em notícias falsas e, além disso, devem apostar em candidatos que possuem histórico idôneo. O candidato também declarou que o movimento contrário antipetista, cresceu com o propósito de criminalizar a esquerda.

“A gente primeiro tem que votar em pessoas, conhecer a vida das pessoas, se alguém errou no meu partido, tem que pagar e está pagando, mas não é só o PT, isso foi feito de forma proposital para poder criminalizar a esquerda. Tem muita gente boa na esquerda, modéstia à parte, eu sou do bem, veja a minha vida, eu não respondo a nenhum inquérito policial, não tenho nenhum processo. Eu ocupei duas vezes cargos executivos, um na minha terra natal e outro em Teresina, entrei pela porta da frente e saí pela porta da frente, duas administrações exitosas”, argumenta.

^{Foto: Elias Fontenele/O Dia}

Sobre a força do seu nome como candidato do PT, Fábio Novo acredita que a sua experiência como secretário de Educação de Bom Jesus e secretário de Estado da Cultura é o espelho da sua capacidade para ocupar o cargo no Palácio da Cidade a partir de janeiro. “Todas essas condições reúnem uma candidatura que chega para ser competitiva e chega para mostrar que é possível fazer mais pela cidade de Teresina, que vive uma gestão de 40 anos, que é a mesmice, pinta meio fio, faz um pedacinho de asfalto aqui, não resolve os problemas de enchente da cidade, no transporte conseguiu piorar o que era ruim, trata mal o professor que está em greve há sete meses no município”, afirma.

Sobre as propostas do seu plano de governo, Fábio Novo aposta na resolução de problemas do município também por meio de Parcerias Público Privadas (PPPs), como a realizada através do concessão do tratamento e distribuição de água, da Nova Ceasa e da Rodoviária de Teresina, todas feitas através da gestão do governador Wellington Dias, principal apoiador da campanha de Fábio Novo.

Por: Nathalia Amaral