O deputado federal Heráclito Fortes (PSB) aproveitou o café da manhã, que oferece todos os anos aos jornalistas, para fazer uma avaliação sobre o ano de 2016 e para responder às perguntas acerca do envolvimento do seu nome na delação de membros da Odebrecht na Operação Lava Jato.

O político piauiense defendeu as reformas aprovadas ou em tramitação no Congresso Nacional, como a PEC do corte dos gatos públicos e a da previdência. “Foi um ano tumultuado, mas foi bom para o Brasil. Que essas reformas continuem em 2017, pois são 14 anos de atraso”, afirmou Heráclito.

O deputado também criticou o vazamento de informações da Lava-Jato, que ocorreria de acordo com o interesse dos responsáveis pela Operação. “A Lava-Jato é necessária, mas precisa ter soluções mais rápidas. O ruim é esse conta-gotas. Os responsáveis por ela ficam soltando os fatos ao seu bel prazer. Bom era que colocassem tudo de uma vez para que o país apurasse, punisse e vivesse em paz”, defendeu o político.

Sobre as delações envolvendo seu nome, Heráclito afirmou que não há nada contra ele. “O delator em nenhum momento diz que eu fiz negócio. Apenas cita que sou uma pessoa influente e que tenho relações com Ulisses Guimarães e que é vantagem para a empresa ter próximo a eles um deputado como Heráclito Fortes”, justificou.

Heráclito foi citado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, por ter recebido a quantia de R$ 100 mil em forma de doação de campanha. O deputado chegou a brincar com o assunto. “Fiquei triste por valer somente R$ 100 mil, mas, também fiquei alegre porque me chamaram de boca mole. Esse era o apelido que os militares chamavam o presidente Tancredo Neves nas mensagens cifradas", comentou.

Por: Nayara Felizardo e Ithyara Borges