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Indicação para cargos federais ainda é incógnita entre aliados do governo

Piauí possui cerca de 20 órgãos federais. Entre os principais estão Dnit, Incra, Funasa, Inss, Ibama, Dnocs, Chesf, Conab entre outros.

14/01/2019 07:26

Sempre que um novo presidente assume o mandato, parlamentares e partidos aliados iniciam as articulações nos estados para indicar o comando das superintendências regionais dos órgãos federais. Tradicionalmente, essa distribuição de cargos é considerada estratégica pelos governos federais para garantir a aprovação de projetos de interesse da gestão na Câmara e no Senado. 

Já para os deputados federais e senadores, a indicação de gestores de órgãos em seus estados de origem é uma demonstração de prestígio político, que pode render bons frutos durante os períodos eleitorais. 

Foto: Marcos Corrêa/PR/Reprodução/Agência Brasil

Em 2019, tendência anunciada pelo novo governo, de Jair Bolsonaro (PSL), é que as indicações políticas passem a dar lugar a nomes técnicos, principalmente de funcionários de carreiras nos órgãos. A equipe do presidente não descarta receber indicações de aliados, mas promete adotar uma série de critérios técnicos para nomear os gestores dos órgãos federais no estado. 

No Piauí, a suposta mudança no modelo de indicações gera incerteza em partidos e parlamentares que nos últimos governos tiveram ampla participação. O estado possui cerca de 20 cargos de chefia de órgãos federais, entre superintendências e coordenadorias, que pela primeira vez, depois de muitos anos, podem não ficar sob a tutela de deputados federais e senadores. 

Até o momento, apenas o nome do atual Superintendente do DNIT, Ribamar Bastos, é dado como certo para continuar no cargo em 2019. A indicação é do senador Elmano Ferrer (Podemos), que no segundo turno nas eleições presidenciais declarou apoio à Jair Bolsonaro e, a partir disso, se tornou um dos interlocutores do estado junto ao governo federal. Nos demais cargos, que na gestão de Michel Temer ficaram sob o comando de partidos como PSB, Progressistas, DEM e MDB; o nome dos futuros gestores ainda é incerto. 

“Governo vai definir critérios para a ocupação”, diz coordenador da bancada federal piauiense

A definição dos cargos federais nos estados deve ficar para o mês de fevereiro.  A informação foi confirmada pelo coordenador da bancada federal do Piauí, deputado Átila Lira (PSB), que na última semana esteve reunido com o ministro- chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Na conversa, o ministro reafirmou ao deputado piauiense a necessidade de critérios técnicos para as nomeações. 

“Me reuni com o ministro Onyx, e ele me disse que essas nomeações só vão sair no mês de fevereiro. Até lá, o governo vai definir critérios para a ocupação desses cargos, como o perfil técnico e a análise da vida dos indicados”, afirmou. 

Foto: Arquivo/O DIA

Ainda de acordo com o deputado, a possibilidade das indicações partirem dos membros da bancada federal não foi descartada pelo ministro Onyx Lorenzoni. “Há a possibilidade da bancada fazer essas indicações, desde que o deputado tenha alinhamento político com o governo. Isso ainda vai ser conversado nas próximas semanas”, destacou Átila Lira. 

Sobre a cobrança por perfis técnicos no comando dos órgãos federais, Átila avalia que a medida já foi adotada pela gestão de Michel Temer, proporcionado bons resultados. “As escolhas atuais já foram assim. O Governo aceitou as indicações também olhando essa questão do perfil técnico. Por conta disso, tivemos bons resultados no Piauí”, pontuou. 

Confira mais detalhes sobre as indicações políticas de jair Bolsonaro no Piauí na edição desta segunda-feira (14) do Jornal O Dia.

Por: Natanael Souza
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