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Lava Jato no RJ pede a Raquel Dodgue reforço para investigar deputados

Solicitação foi feita pelo MPF da 2ª Região. Motivo do pedido é a citação de muitos outros parlamentares, além de Picciani, Albertassi e Paulo Melo, em delação de operador de Cabral.

21/12/2017 18:34

O Ministério Público Federal da 2ª Região no Rio de Janeiro pediu à procuradora-geral da República, Rachel Dodge, que reforce a equipe da força-tarefa da Lava Jato que atua no estado, em 2ª instância. A informação foi confirmada em entrevista da procuradora regional Mônica de Ré à GloboNews nesta quinta-feira (21) (veja trecho acima).

A razão do pedido, segundo a procuradora que atua no RJ, está na delação de Carlos Miranda, apontado como braço-direito do ex-governador Sérgio Cabral e operador do esquema de corrupção no estado investigado pelo MPF. De acordo com Mônica, Miranda citou muitos deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), além dos três já presos, como recebedores de propina da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor) e de outras empresas.

"Nós incrementaremos nosso trabalho e, em razão disso, nós fizemos um pedido à procuradora-geral, Raquel Dodge, para que aumenta a nossa equipe, reforce a equipe aqui do Núcleo de Combate à Corrupção da 2ª Região e também a Polícia Federal, que não haja desfalque na equipe e também, se possível, que aumente o número de delegados", explicou a procuradora.

Atualmente, há cinco procuradores atuando na força-tarefa da Lava Jato: Andréa Bayão, Carlos Aguiar, Mônica de Ré, Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini.

A investigação que apura crimes cometidos no setor de transportes do estado resultou na Operação "Cadeia Velha". Na ação, foram presos o ex-presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, o líder do governo na Casa, deputado Edson Albertassi, e o também deputado e ex-presidente da Alerj, Paulo Melo. Todos são do PMDB fluminense.

Em nota publicada no site do MPF, os procuradores fizeram um balanço da Lava Jato no Rio.

- 19 pessoas denunciadas

- 12 mandados de prisão preventiva (incluindo mandados de prisão temporária convertidos)

- 5 mandados de condução coercitiva

- 30 mandados de busca e apreensão

- Pedido de reparos de danos: R$270,750 milhões

Planilha de indicações

O envolvimento de deputados em esquema de corrupção já está na mira do MPF. Na quarta-feira (20), o Jornal Nacional que os procuradores apreenderam uma planilha na casa do deputado preso Edson Albertassi (PMDB) que revela como cargos políticos eram distribuídos para atender o esquema de corrupção do Governo.

Para investigadores, o documento que estava num computador do parlamentar demonstra como deputados acusados de integrar uma organização criminosa que dominou o estado mantinham o controle rigoroso sobre nomeações de cargos no governo. A mesma planilha também servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações, segundo a força-tarefa.

Fonte: G1
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