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Magalhães: PT deve ter mais de 40 pré-candidatos a vereador em Teresina

Deputado pretende disputar a presidência do diretório municipal do partido em Teresina. Eleição interna acontece em setembro deste ano.

14/05/2019 16:35

O deputado estadual Cícero Magalhães confirmou nesta terça-feira (14), em entrevista ao portal O DIA, que pretende ser candidato à presidência do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em Teresina. O processo eleitoral interno está previsto para ocorrer em setembro deste ano.

Magalhães ficou na quarta suplência em sua coligação (integrada, além do PT, pelo MDB, Progressistas, PR, PDT, PSD, PCdoB, PTB e PRTB), e só assumiu uma cadeira na Alepi graças à nomeação de parlamentares da chapa para secretarias do governo de Wellington Dias.

O deputado afirma que, se for eleito presidente do PT em Teresina, estabelecerá como uma de suas missões prioritárias a formação de uma chapa proporcional forte para disputar as eleições municipais de 2020.

O deputado estadual Cícero Magalhães (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

"Nós pretendemos lançar uma chapa com 40 ou mais pré-candidatos a vereador e vereadora de Teresina. Nossa estratégia é fortalecer o partido para elegermos uma grande bancada para a Câmara Municipal no próximo ano", afirma Magalhães.

Com relação à disputa majoritária pela Prefeitura de Teresina, Cícero avalia que tanto o vereador Edilberto Borges Dudu quanto o deputado Franzé Silva seriam bons nomes a serem lançados pela sigla em 2020. Porém, Magalhães considera que essa discussão ainda é precoce. 

Reforma da Previdência propor capitalização é escárnio, avalia petista

Cícero Magalhães também criticou a Proposta de Emenda à Constituição que pretende alterar regras do sistema previdenciário no país. 

O deputado cita dois pontos que, segundo ele, são os mais graves: o corte de mais de 50% no valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e a troca do sistema de repartição (no qual os trabalhadores ativos contribuem para financiar as aposentadorias dos inativos) pelo sistema de capitalização, no qual o trabalhador faz a própria poupança para sua aposentadoria.

"A capitalização é um escárnio. Não tem como o cidadão pegar aquilo que contribuiu durante sua vida inteira e entregar para um banco. Depois, quando esse cidadão estiver na velhice, quando for se aposentar, ele vai ganhar em cima daquilo que ele depositou. Aí eu pergunto: e se o banco quebrar, quem é que vai bancar isso aí? Então, é um absurdo", opina.

Outro ponto polêmico da reforma é a ideia do governo de reduzir a contribuição dos patrões dos atuais 20% para apenas 8,5%. 

Magalhães considera que o governo Bolsonaro tenta enganar a população ao afirmar que a reforma - com o texto que enviado ao Congresso - vai beneficiar os mais pobres.

"Eu sou a favor de cortar os privilégios. Tem que acabar com essa história de familiares de determinados setores receberem até o fim da vida. Por que os que mais ganham estão ficando foram da reforma? Por que não taxar as grandes fortunas? [...] Pra poder equilibrar, tem que todo mundo pagar. E não acabar com a característica que é essencial, que é a solidariedade", afirma Cícero Magalhães.

O petista considera, ainda, que os defensores da PEC da Previdência estão preocupados apenas com o próprio bolso.

"Quem é a favor hoje da reforma da Previdência ou é mal intencionado ou está devendo. Tem muitos aí que estão devendo a Previdência. Dá quase R$ 500 bilhões, devidos pelos grandes bancos, pelas grandes empresas, que não pagam. Eles estão louquinhos [para aprovar a reforma], vão à televisão toda hora dizer que são a favor. Porque eles querem se ver livres da dívida [com o sistema previdenciário]. Isso é apropriação indébita, e nós não podemos concordar com isso", conclui.

Por: Cícero Portela
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