O PPS (Partido Popular
Socialista) e a Rede Sustentabilidade estão em negociações para fazerem a união
das duas siglas a partir do ano que vem. Os partidos não conseguiram atingir a
cláusula de barreira, que é a norma que impede ou restringe o funcionamento do
partido que não alcançar um percentual mínimo de votos. As siglas que não
atingem a cláusula de barreira perdem o direito à representação partidária, seus
membros não podem assumir cargos de liderança e a agremiação fica impedida
ainda de ter acesso aos recursos do fundo partidário.
Em conversa com O Dia, o presidente do diretório estadual do PPS, Celso Henrique Barbosa Lima, disse que os diálogos entre as lideranças regionais e nacionais dos dois partidos está avançado e a previsão é que já no início de 2019, as siglas comecem a fazer novas filiações. “Nós inclusive já temos parlamentares com mandato, sendo três senadores e quatro deputados federais, que têm a possibilidade de se filiarem já nos primeiros meses do ano”, declarou.
Celso Henrique Barbosa Lima, presidente estadual do PPS (Foto: Elias Fontinele/O Dia)
Apesar de, no momento, as negociações serem restritas ao PPS e à Rede, Celso Henrique diz que mais na frente esse processo pode se abrir para outros partidos que também não atingiram a cláusula de barreira. Na prática, o que muda na configuração das duas legendas aqui no Piauí é que ambas passarão a ter mais representatividade. O PPS, por exemplo, irá acrescentar entre seus nomes, alguns parlamentares da Rede que se elegeram em 2016, a nível municipal.
Em meios às negociações, outro ponto que está sendo discutido é a mudança de nome do PPS. Celso Henrique disse que ainda não há definição sobre como a legenda será identificada nos próximos anos, mas a previsão é que o partido divulgue seu novo nome em reunião do diretório estadual no próximo mês de dezembro. “É uma novidade que vai facilitar na hora de trazer outros partidos e dar uma cara nova à proposta do PPS”, finaliza.
Por: Maria Clara Estrêla