Marcelo Castro (MDB) também concedeu uma entrevista ontem (27), à TV Meio Norte, e afirmou que "em hipótese nenhuma" pretende disputar o governo do Estado, e que planeja deixar a política ao final do seu mandato no Senado Federal, daqui a oito anos, em 2026.

O parlamentar admite que já pensou um dia em ser governador do Piauí, mas, por conta da idade, este já não é um dos seus objetivos na política. “Eu tenho 68 anos de idade. Ao final do meu mandato [no Senado] terei 76 anos. Graças a Deus eu gozo de boa saúde, mas é preciso respeitar a idade [...] Já disputei nove eleições, nunca fui derrotado. Então, eu quero dependurar a chuteira ainda quando estiver jogando", afirmou Marcelo.

O parlamentar diz que uma de suas prioridades no momento é manter unido o grupo político que ele integrou no pleito de outubro. "Nós formamos no Piauí, agora, um grupo político muito sólido, muito forte. E eu vou trabalhar todos os dias que eu puder, com a minha influência, com a minha capacidade de articulação, para manter esse grupo unido e ajudar o governador Wellington Dias a fazer uma boa administração", afirmou Marcelo.

O senador eleito também disse, na entrevista, que pretende intensificar sua atuação no sentido de conseguir recursos para acelerar a descentralização da saúde pública no Piauí, processo que foi impulsionado quando ele foi ministro da Saúde em 2016, ainda no governo Dilma Rousseff (PT).

"Essa descentralização é necessária para que a população possa ter atendimento médico próximo de onde ela reside, com muito mais conforto, com muito mais comodidade e, principalmente, desafogando Teresina, para que nossa capital tenha uma melhor qualidade na saúde", pondera Marcelo Castro, acrescentando que uma de suas ideias é fazer com que, no futuro, Parnaíba e Picos tornem-se polos de saúde com importância semelhante à da capital.

Reformas 

Marcelo também reiterou que fará oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas adianta que votará a favor das reformas que devem tramitar no Congresso na próxima legislatura: a reforma política, a da Previdência e a tributária. "Sem essas reformas o país não tem futuro [...] Então, eu vou votar a favor das reformas e vou ajudar o Bolsonaro naquilo que eu entender que é importante para o Brasil", opinou Castro.

Por: Cícero Portela