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UFRJ reage a Temer e diz que tirar museu da instituição é autoritário

Reitoria diz que "qualquer medida dedicada a retirar da UFRJ o Museu Nacional representaria ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária e a comunidade científica do país".

08/09/2018 09:22

A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) reagiu nesta sexta (7) ao plano estudado pelo governo Michel Temer (MDB) de desvincular da instituição a gestão do Museu Nacional, destruído por um incêndio no domingo (2). 

A reitoria da universidade afirmou que "qualquer medida dedicada a retirar da UFRJ o Museu Nacional representaria ato arbitrário e autoritário contra a autonomia universitária e a comunidade científica do país".

Museu Nacional foi destruído num incêndio devastador no último domingo (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

Também afirmou, por meio de nota, que no espaço não ocorre apenas a conservação do acervo, mas diversas outras atividades ligadas ao estudo e à pesquisa. "Além da guarda da memória, da cultura do país e do mundo, ali se produz conhecimento, ciência de ponta reconhecida pela Capes com a nota 7, maior índice de avaliação possível para uma instituição acadêmica no Brasil."

Museu guardava acervo insubstituível, acumulados ao longo de 200 anos de história, inclusive com peças que tinham milênios (Fotos: Tomaz Silva / Agência Brasil))

A instituição disse que o museu é indissociável da UFRJ -como prevê o artigo 207 da Constituição Federal. Para a reitoria, o quadro de docentes, pesquisadores e técnicos é altamente qualificado e não poderia se submeter a uma organização social ou qualquer outra instituição que não seja a própria universidade.

O argumento do Palácio do Planalto tem sido o de que a direção da instituição de ensino não tem gerido de maneira adequada os recursos repassados e de que essa possível alteração poderá facilitar parcerias com a iniciativa privada para agilizar a recuperação do museu.

A ideia em estudo é que a gestão da instituição cultural passe para as mãos do Ministério da Educação, que teria, na opinião do governo federal, melhores condições para conduzir a recuperação do prédio histórico após a destruição.a

Fonte: Folhapress
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