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Um dia após operação da PF, Wellington sai em defesa de Ciro Nogueira

Para o chefe do Executivo, se há uma denúncia ou investigação em curso, o melhor a se fazer é agir com cautela, evitando julgamentos precipitados.

25/04/2018 18:52

Um dia após o senador Ciro Nogueira (PP) ser alvo de uma operação da Polícia Federal, o governador Wellington Dias (PT) deu declarações sobre o assunto e afirmou que ninguém deve fazer pré-julgamento.

Para o chefe do Executivo, se há uma denúncia ou investigação em curso, o melhor a se fazer é agir com cautela, evitando julgamentos precipitados.


O governador Wellington Dias (Foto: Moura Alves / O DIA)


“Mantenho minha coerência com o que defendo a vida inteira. Não devemos pré-julgar ninguém. Se há uma denúncia ou investigação, o melhor é aguardar a defesa. Continuarei reconhecendo o trabalho do senador Ciro Nogueira a favor do povo do Piauí, lutando por mais investimentos junto ao Governo Federal para os municípios e para o Estado e trabalhando pelo povo”, declarou. 

Wellington disse ainda que o país vive uma crise institucional grande e que a prudência deve prevalecer tanto na política quanto no Poder Judiciário. “Já vi muita gente ser acusada, exposta e depois provar sua inocência. Meu desejo é que a verdade sempre vença. Rogo por bênçãos de Deus para ele e para a família que sei que também sofre em momentos como este”, comentou.

Na última terça-feira o senador Ciro Nogueira, que é presidente nacional do Progressistas, foi alvo de uma operação da PF, destinada a apurar uma suposta tentativa do parlamentar de comprar o silêncio de um ex-assessor que o implicou em esquemas de corrupção investigados na Operação Lava Jato.

Além de Ciro, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), de Pernambuco, também foi alvo da nova operação. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, foi quem expediu os mandados de busca e apreensão nos gabinetes e residências dos dois congressistas.

Em depoimento à PF no início deste mês, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, deu detalhes da suposta entrega de uma mala com R$ 500 mil ao senador Ciro Nogueira.

Por meio de nota, o advogado de Ciro disse que o senador nunca recebeu dinheiro de Joesley, e que o parlamentar matinha uma relação "republicana" com o empresário.

No novo depoimento, Batista deu detalhes de como ocorreu a entrega do dinheiro, a qual foi relatada inicialmente em sua delação, feita no ano passado.

Segundo o empresário, a mala foi entregue a Ciro numa garagem, em São Paulo.

Na sua delação, Joesley afirmou que, nos últimos três anos, Ciro Nogueira destacou-se como um dos principais interlocutores políticos para tratar de interesses da J&F no Congresso Nacional.

R$ 200 mil na casa de Ciro

Na operação realizada terça-feira, a Polícia Federal cumpriu nove mandados - em Teresina, Brasília, Recife e Boa Vista. Um deles foi de prisão preventiva contra o ex-deputado Márcio Junqueira (Pros), de Roraima.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Junqueira é suspeito de intermediar "o esquema [para comprar o silêncio do ex-assessor de Ciro], que inclui o pagamento de despesas pessoais, ameaças e até proposta para a mudança do teor de depoimento que incriminaria os alvos da operação".

Além dos gabinetes, foram vasculhadas residências dos congressistas. E nas casas de Ciro Nogueira os policiais federais apreenderam R$ 200 mil em espécie.

O pivô de operação foi o ex-assessor José Expedito Rodrigues Almeida. Ele confessou à PF que carregava bolsas de dinheiro para os dois congressistas. Em troca, recebia o salário de servidor do Congresso.

A investigação foi mantida em sigilo. 

Fonte: Da Redação
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