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Vereadora acusada de fraudar auxílio emergencial tem candidatura negada pelo TRE

A vereadora é acusada de ter enganado um beneficiário do auxílio emergencial para ficar com os recursos.

05/11/2020 14:13

O imbróglio envolvendo a vereadora de Santa Rosa do PiauíPatrícia Fernanda (Progressistas), ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (05). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu o registro de candidatura e ela não poderá disputar a reeleição no pleito eleitoral deste ano porque teve os direitos políticos cassados após ser acusada de fraudar o benefício do auxílio emergencial.

Foto: Arquivo Pessoal

Em primeira instância, a candidata chegou a ter a candidatura deferida, mas foi questionada em segunda instância, junto ao TRE. Por unanimidade e em consonância com o parecer do Ministério Público Eleitoral, a candidatura foi negada. Ela já havia tido o mandato cassado pela Câmara de Vereadores por seis votos a três, em sessão plenária ainda em agosto.

A vereadora é acusada de ter enganado um beneficiário do auxílio emergencial para ficar com os recursos. Por se tratar de recursos federais, Patrícia já responde por uma ação no Ministério Público Federal. 

Segundo a denúncia, a vereadora Patrícia Fernanda teria se utilizado da confiança de Gilberto Pereira para ficar com os R$ 600 do auxílio emergencial. Ela teria ajudado o beneficiário a ter direito ao benefício, que foi solicitado ainda em abril. No entanto, Gilberto Pereira não teria recebido os valores. Ao buscar informações sobre o depósito, o beneficiário descobriu que as parcelas já estavam sendo pagas. 

A denúncia foi encaminhada ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e também distribuída ao procurador federal Daniel Medeiros Santos, do Ministério Público Federal em Floriano. 

No processo foram anexadas documentos comprobatórios do possível golpe, inclusive extratos bancários que demonstram que a vereadora Patrícia teria pago, com a segunda parcela do benefício da vítima, três boletos, sendo um no valor de R$ 300, outro no valor de R$ 207 e ainda outro no valor de R$ 93. 

Já com a terceira parcela que foi creditada em 01 de julho de 2020, a vereadora teria feito um pagamento em máquina de cartão de debito no valor de R$ 600.

Em matéria publicada no dia 15 de agosto pelo Portal O Dia, Patrícia Fernanda foi procurada para comentar o caso. Na ocasião, ela confirmou ter auxiliado Gilberto no procedimento para solicitação do benefício, que não foi efetivado por inconsistência dos dados bancários. “Fizemos o cadastro, tentamos várias formas, mas nunca deu certo”, comentou, negando qualquer irregularidade.

Por: Nathalia Amaral
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