A Câmara Municipal de Teresina (CMT) realizou, na manhã de ontem (26), uma audiência pública para discutir a situação dos cerca de 206 venezuelanos que desembarcaram em Teresina ainda no mês passado. Representantes de órgãos municipais, estaduais e federais, além de entidades civis organizadas e dos imigrantes, também participaram do ato.
Na ocasião, tratou-se da utilização de crianças venezuelanas em semáforos da capital para pedir esmolas, o que a Prefeitura de Teresina vem tentando coibir. Segundo Eubi Paulino Bentacourt, imigrante da tribo warao, a presença infantil nas atividades diárias são um costume da etnia, e reforçou a necessidade de auxílio por parte do poder público. “Necessitamos trabalho, alimentação e da ajuda do governo”, disse.
Crianças têm sido utilizadas para sensibilizar a população na hora de pedir ajuda. Para os imigrantes venezuelanos, isso é um costume da etnia - Foto: Poliana Oliveira/O Dia
Segundo a vereadora Cida Santiago (PSD), uma das autoras do requerimento para a realização da audiência, explicou que algumas medidas já estão sendo adotadas para melhorar abrigar esses imigrantes, como criação de um espaço adequado e reformas de alguns locais onde os venezuelanos estão alojados na capital.
“Precisamos tratar melhor essas pessoas aqui e discutir se iremos dar continuidade em abrir as portas do nosso município e do nosso estado para refugia-los aqui. Sabemos que é uma situação que já dura mais de dois anos. Esse povo já sofreu demais com a saída da Venezuela para o Brasil. Estamos acolhendo-os mas isso deve ser feito da melhor maneira possível”, frisou a vereadora.
Além de Cida Santiago, o requerimento para realização da audiência foi assinado e subscrito pelos vereadores Edilberto Borges, o Dudu (PT) e Italo Barros, respectivamente.
Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia