O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve vir ao Piauí no próximo mês para cumprir uma série de agendas. A informação foi confirmada pelo governador Wellington Dias (PT) nesta quinta-feira (10), durante entrevista à imprensa local. “Ele anunciou que será em julho. Estamos de braços abertos para recebê-lo”, disse.
Wellington Dias (Foto: Assis Fernandes/Arquivo/ODIA)
Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a anulação das condenações contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato, tornando-o elegível novamente, o líder petista tem reiterado o desejo de disputar novamente a Presidência da República. A vinda ao estado onde ele e seu partido sempre tiveram boas votações reforçam a estratégia.
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Lula inclusive declarou o desejo de ter o governador piauiense na coordenação de sua futura campanha presidencial no próximo ano, proposta bem recebida pelo correligionário. “Será uma honra muito grande para mim. sempre me coloco a disposição de missões, agora vamos esperar o momento certo que é 2022 (...) Nunca fui de fugir da luta”, declarou.
Lula e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert)
O caminho é o diálogo
Em relação aos diversos impasses envolvendo membros e partidos que integram a base governista em relação à disputa eleitoral do ano que vem, Wellington Dias afirmou que pretende intensificar as conversas para buscar a melhor solução, mas deixou claro a necessidade de sintonia entre quem se coloca como aliado.
“Diálogo. O caminho essencial da política é o diálogo. É claro que governo a gente faz com quem quer ser governo. Eu brinco muito que esse negócio de governo, a gente querendo, estando animado já não é fácil, imagine com um puxando para um lado e um puxando para o outro? Vamos dialogar e encontrar um caminho”, argumentou o governador.
Além da briga pelas três vagas majoritárias, muitos governistas ainda discutem a formação de chapas proporcionais competitivas diante da impossibilidade de coligações. Outra questão que ainda precisa ser definida diz respeito a posição dos integrantes do Progressistas (PP) que permanecem com espaços na administração estadual mesmo após a sigla aderir à oposição.