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Wellington pede a Bolsonaro manutenção do calendário de entrega de vacinas

Brasil receberia 2,97 milhões de doses do consórcio Covax Facility da OMS, mas recebeu apenas 1 milhão no último final de semana.

24/03/2021 10:22

Nesta quarta-feira (24), o Consórcio Nordeste se reúne com lideranças dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para discutir as crise sanitária que o Brasil enfrenta. Na ocasião, serão apresentadas algumas demandas ao Governo Federal no sentido de encontrar soluções para a situação de colapso causada pela covid-19 em todo o país.

O governador do Piauí, Wellington Dias, na condição de presidente do Consórcio Nordeste, pedirá ao presidente Jair Bolsonaro que seja mantido o cronograma inicial de entrega da vacina Oxford/Astrazeneca, oriundas do consórcio global Covax Facility/OMS. O Brasil receberia 2.997.000 doses na primeira etapa, mas só foram entregues 1 milhão de doses no último final de semana. O restante (1.997.000 doses), a Fiocruz e a OMS estão querendo adiar para abril.

"A nossa proposta é manter o calendário, que prevê completar a entrega ainda em março, e o restante em abril (3 milhões) e em maio (3,1 milhões), totalizando 9,1 milhões de doses desde o início", explicou Wellington Dias. O Consórcio Nordeste lembra que o Brasil hoje representa risco para o mundo se tornando uma fábrica de novas cepas do coronavírus. 


Welllington pede a Bolsonaro manutenção do calendário de entrega de vacinas - Foto: O Dia

Outro ponto que será abordado pelo Consórcio na reunião é a recomposição do orçamento da Saúde para 2021, pois a proposta do Orçamento Geral da União enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional chegou com R$ 43 bilhões a menos do que o previsto. A ideia é manter o valor iniciar para suportar a pandemia da Covid-19 e outras doenças.


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Ainda sobre a saúde, os governadores do Nordeste cobrarão que o Palácio do Planalto faça sua parte a assuma a coordenação da crise, usando toda a máquina do Governo Federal para combater a pandemia. A proposta é que o Ministério da Saúde fique à frente, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da Economia, Casa Civil, além de um governador de cada uma das cinco regiões do país e ainda líderes da Anvisa, Fiocruz, Butantan, União Química, Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Entre as medidas que podem ser tomadas por meio dessa coordenação, está a antecipação de feriados nacionais, que ajudaria a reduzir a circulação de pessoas em todo o país. Outra ação é uma comunicação centralizada e integrada, com atualização diária sobre casos confirmados, internados e óbitos, sobre cronograma diário e semanal de entrega e aplicação de vacina por estado e municípios. “Um portal nacional mais completo e integrado com Estados e municípios e laboratório”, sugere Wellington Dias.

A integração de órgãos do Governo Federal também servirá para execução de medidas econômicas, como a liberação de auxílio emergencial para a população mais vulnerável e apoio às micro e pequenas empresas.  Nesse setor, a proposta do Consórcio é retomar um grupo de trabalho com os Ministérios da Economia, Agricultura e Infraestrutura, com a colaboração de um governador de cada região sugerindo alternativas para o desenvolvimento do país. “Inclusive, temos disposição de tratar da reforma tributária com o projeto apresentado pelo Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda (Consefaz)”, explica o governador do Piauí. 

O presidente do Consórcio Nordeste quer uma reunião com objetivos claros, medidas concretas para que até a Semana Santa o Governo Federal adote ações restritivas para redução da circulação da população, a única maneira de barrar o crescimento do vírus enquanto a vacinação não avança. “Não queremos uma reunião só para fotografia e discurso”, afirmou Wellington Dias.

O governador lamenta que o vírus e a morte estejam vencendo a batalha contra o Brasil, com quase 300 mil óbitos até agora, e por isso a reação dos governantes precisa ser forte. “Queremos que o Governo Federal garanta mais vacina, faça um esforço nacional para agilizar a imunização, propicie recursos para que a rede hospitalar de todo o país seja abastecida com insumos e consiga atender a população. É isso que o Brasil espera”, concluiu. 

A reunião desta quarta terá a presença dos presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além de cinco governadores representando cada região brasileira: Wilson Lima (Região Norte), Renan Filho (Nordeste), Ronaldo Caiado (Centro-Oeste), Cláudio Castro (Sudeste) e Ratinho Jr. (Sul).

Fonte: Governo do Estado do Pauí
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