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Álcool em gel está esquecido nas prateleiras dos comércios

Ao higienizar as mãos, consegue-se remover sujeiras, suor, oleosidade, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato

11/01/2018 09:39

 Quando o país enfrentou dois surtos do vírus H1N1, em 2009 e 2016, a procura por álcool em gel foi tanta que, em algumas farmácias, não havia nem estoque para repor o produto nas prateleiras. A preocupação com a prevenção da Gripe A foi tamanha que muitos estabelecimentos e repartições públicas instalaram pontos onde as pessoas podiam usar álcool em gel para higienizar as mãos. 

Quase dez anos após o primeiro caso de Gripe A registrado no país, a população parece ter relaxado quanto aos cuidados para prevenir a contaminação e transmissão deste vírus e de outras doenças. A procura pelo álcool em gel nas farmácias diminuiu e são poucos os lugares que ainda mantêm disponível os pontos para que as pessoas façam a higienização das mãos. 

O farmacêutico Zenomar Gomes explica que o medo do vírus H1N1 e a divulgação da doença pela imprensa motivaram o aumento das vendas de álcool em gel, mas hoje, as vendas diminuíram. 

“Após aquele surto de H1N1, houve um grande medo da população, que passou a comprar mais álcool em gel. Mas só houve esse aumento quando a imprensa divulgou. Depois do susto, diminuiu um pouco a procura por essa substância. Parece que as pessoas só se adequam a procurar alguma coisa pelo medo”, pondera Zenomar. 

A aposentada Dalva Cordeiro, por exemplo, afirma que não costuma ter a preocupação em comprar e usar álcool em gel, mas sabe da importância da substância na prevenção de contaminação. “Não é um item que eu sempre lembre-se de usar, embora eu considere o uso quando estou em lugares com grande concentração de pessoas, como restaurantes e órgão públicos”, disse. 

Alerta Anvisa 

Segundo a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e  superfícies contaminadas. 

Desta forma, ao higienizar as mãos, consegue-se remover sujeiras, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato; além de prevenir e reduzir as infecções causadas pelas transmissões cruzadas. A Anvisa destaca ainda que a higienização das mãos pode ser feita com água e sabão, preparação alcoólica e anticéptico 

Edição: Virgiane Passos
Por: Breno Cavalcante
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