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Dezembro vermelho: Piauí registrou 2,6 mil casos de AIDS em 3 anos

Segundo o Sinan, no Piauí, a faixa etária que compreende pessoas de 20 a 34 anos teve o maior aumento na contração do vírus do HIV.

29/11/2018 15:49

Segundo dados do Sistema Nacional de Notificação (Sinan), de 2015 a novembro de 2018, o Piauí notificou 2.607 pessoas com o vírus da AIDS, sendo 1.830 do sexo masculino e 777 do feminino. Para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, além de promover a formação de agentes das redes municipais de atenção básica à saúde, a Secretaria de Estado da Saúde realiza a partir desta sexta-feira (30), a campanha “Dezembro Vermelho”.

Segundo a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Cristiana Rocha, neste ano de 2018, a campanha “Dezembro Vermelho” é marcada pelos 30 anos do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Nesta edição, a Sesapi irá focar suas atividades na formação de técnicos estaduais e municipais para o aconselhamento e testagem do HIV.

“Tentamos sensibilizar a capital e os municípios do interior, no que tange à saúde básica, para importância do diagnóstico do HIV. Vamos sensibilizar os municípios para que os testes estejam disponíveis na atenção básica. Nós entendemos que a pessoa que tem HIV pode viver bem, sem desenvolver e transmitir o vírus. Para isso, ela precisa estar diagnosticada e em tratamento”, explica a coordenadora. 

No Piauí, a faixa etária que compreende pessoas de 20 a 34 anos teve o maior aumento na contração do vírus. Para Cristiana Rocha, por motivos sociais e culturais, muitas pessoas, em especial os jovens, não fazem o uso do preservativo, que ainda é a maior ferramenta de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. 

“A gente percebe que com a sobrevivência com o HIV, e em ver que as pessoas não estão mais morrendo como antes, muitos jovens estão negligenciando a prevenção”, explica ela, frisando que apesar da evolução dos medicamentos para o convívio com a doença, o HIV ainda não tem cura.

Além do preservativo, outras ferramentas de prevenção combinadas também são usadas na Saúde, como a PEP (Profilaxia Pós-Exposição de Risco), que consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus. “Nós precisamos respeitar as pessoas que não querem usar o preservativo, por isso hoje dispomos da prevenção combinada, feita também no aconselhamento, propondo o uso do preservativo e alertando para os riscos da doença”, esclarece a coordenadora do CTA.

Abertura da campanha

Com o tema “Cidadania e Diversidades”, a primeira ação está programada para acontecer amanhã, no Parque Potycabana, a partir das 18h30. Na oportunidade, será lançada uma cartilha sobre sexualidade e Aids em libras. O evento também contará com apresentações musicais, culturais e jogos diversos, realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites virais (a testagem é sigilosa). 

Profissionais de saúde também estarão no local aferindo a pressão arterial, glicemia e IMC da população, além disso, artistas farão exposições de telas sobre feminicídio. As atividades e testagens são abertas a toda população. O evento acontece em parceria entre as Secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação, Justiça, Segurança, prefeitura de Teresina, movimentos sociais de combate a AIDS e instituições privadas.

CTA

O CTA é responsável pela realização de testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite B e C, com foco em populações mais vulneráveis. Vale ressaltar que as unidades de saúde também estão aptas a realizaram a testagem por meio de agendamento. A sede do CTA em Teresina está localizada na rua 24 de Janeiro, número 124, no 2º andar, Centro (Sul), e está aberta de 8h às 1h2 e de 14h às 18h. O atendimento é gratuito e sigiloso. Para fazer a testagem, o interessado deverá apresentar apenas documento de identificação com foto e cartão do SUS.

Por: Nathalia Amaral
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