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Médicos do Piauí fazem terceira paralisação em um mês

Serão paralisados todos os atendimentos eletivos como cirurgias e exames e permanecem apenas os atendimentos de urgência e emergência.

05/06/2019 10:10

Inicia nesta quarta-feira, 05, uma nova paralisação dos médicos que atuam na rede pública estadual. Os profissionais reivindicam melhorias nas condições de trabalho, cumprimento da carreira médica e aparelhagem em todo o estado do Piauí.


Foto: Lalesca Setúbal/O Dia

Essa é a terceira paralisação em menos de um mês que os especialistas realizam: a primeira ocorreu nos dias 5 e 6 de maio; a segunda mobilização entre os dias 27, 28 e 29 de maio; e esta segue de hoje até a próxima sexta-feira, 07, com adesão de todo os hospitais públicos do estado. Serão paralisados todos os atendimentos eletivos como cirurgias e exames e permanecem apenas os atendimentos de urgência e emergência.

O Hospital Infantil Lucídio Portella, o Hospital Psiquiátrico Arelonino de Abreu e o Hospital Getúlio Vargas (HGV), são as prioridades do movimento, porque são as unidades com situação de trabalho e atendimento mais delicada. É o que explica Lúcia Santos, diretora do Simepi (Sindicato dos Médicos do Piauí) e da Fenam (Federação Nacional dos Médicos): tem um buraco na UTI do Hospital Infantil e a gente já vinha reclamando, pedindo providência e ao longo tempo piorou. Temos o caso também de um paciente que foi operado no HGV em uma cadeira de rodas, porque o elevador estava quebrado”, afirma.

A diretora esclarece que o objetivo dos médicos não é complicar a situação da população, mas garantir seus direitos enquanto profissionais e melhorar o atendimento nos hospitais públicos do estado. “Temos uma fila com 800 pessoas para cirurgias de catarata, enquanto temos várias as salas que estão fechadas. Só queremos que o governo sente e converse com a gente, a saúde é um serviço essencial para a população”, finaliza Lúcia Santos.

Dados da última paralisação

Na última paralisação ocorrida entre os dias 27 e 29 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí- SESAPI , divulgou que mais de 1.700 consultas foram suspensas. No Hospital Infantil 47 cirurgias não foram realizadas, e, de 540 consultas agendadas, 206 não foram feitas. 

Já no HGV o número de consultas não realizadas foi de 1.528. E que 633 consultas foram suspensas na segunda-feira, 27, outras 471 na terça, 28, e mais 424 consultas deixaram de ser realizadas na quarta-feira, 29.

Em nota, o diretor-geral do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Gilberto Albuquerque, anunciou que, como a paralisação dos médicos foi previamente avisada, as consultas agendadas foram remarcadas para os dias 17,18 e 19 de julho.  O saldo de consultas que não serão realizadas nos 3 dias mobilização, é de 1.087.

NOTA NA INTEGRA

As consultas marcadas para o Ambulatório Dirceu Mendes Arcoverde (Ambulatório Azul) do Hospital Getúlio Vargas (HGV) para os dias 5, 6 e 7 de junho foram reagendados para os dias 17, 18 e 19 de julho.

O diretor-geral do HGV, Gilberto Albuquerque, explica que a paralisação dos médicos servidores do Estado afetou apenas o serviço ambulatorial do hospital e que a internação continua normal. "Como fomos avisados previamente, os pacientes que tinham consultas agendadas tiveram as mesmas remarcadas automaticamente pela Central de Regulação", disse o gestor.

“A parte hospitalar, porque também temos pacientes que não são ambulatoriais, esta segue normalmente, as internações e procedimentos cirúrgicos”, explica o diretor do HGV.

Com a redução na entrada de pacientes do ambulatório, a direção explica que as cirurgias de pacientes que já estão internados serão intensificadas. “Estamos intensificando as cirurgias dos pacientes internados e dos que vêm de outras unidades de saúde", acrescentou Albuquerque.

Nos três dias de paralisação dos médicos, 1.087 consultas deixarão de ser realizadas.


A reportagem do Portal O Dia, entrou em contato com a SESAPI para saber o posicionamento da secretária, mas até o momento não houve retorno .


Edição: Maria Clara Estrêla
Por: Sandy Swamy
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