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Ministério lança as diretrizes para reabilitação de bebês com microcefalia

Pelo menos 7 mil profissionais serão capacitados para atuar na estimulação precoce das crianças de zero a 3 anos.

13/01/2016 17:16

O Ministério da Saúde lançou hoje (13) as Diretrizes de Estimulação Precoce para bebês com microcefalia.  Esta diretriz orienta as equipes da atenção básica e especializada para reabilitação de crianças de 0 a 3 anos quem tenham sido diagnosticadas com a doença. O objetivo é capacitar, pelo menos, 7.525 profissionais para atuar neste trabalho.

O documento foi desenvolvido em razão do cenário de urgência dado pelo aumento dos casos de microcefalia no país e seu conteúdo é direcionado, principalmente, às crianças que tenham nascido com a malformação. No entanto, ele pode se aplicar a outras condições ou agravos de saúde, segundo o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. As diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem das crianças.

Na Atenção Básica, o material é destinado às Unidades Básicas de Saúde, Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Já na Atenção Especializada, ele é destinado à atenção domiciliar, hospitalar, ambulatórios de especialidades e centros de reabilitação.

O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, divulgou hoje (13) as diretrizes de reabilitação ara bebês microcefálicos

“O mais importante, neste momento, é promover o acolhimento a essas crianças no ambiente familiar e social. A estimulação precoce começa logo após o nascimento e vai até o terceiro ano de vida. Passado esse momento, a criança vai continuar com o tratamento de reabilitação para diminuir eventuais prejuízos. O objetivo central é reduzir danos com a menor perda possível, dependendo do grau de gravidade da malformação” disse Alberto Beltrame.

O Ministério da Saúde prepara um curso à distância para capacitar profissionais de saúde que atuarão na estimulação precoce. O curso será ofertado a fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos e outros e será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. As matrículas devem começar em março.

O SUS conta, hoje, com 1.543 serviços de reabilitação em todo o país, que atuam em diferentes modalidades. No total, o investimento para custear o atendimento em reabilitação é na ordem de R$ 650, 6 milhões por ano. “Essa diretriz unifica a conduta dos profissionais e das equipes de Saúde da Família que podem auxiliar os pais. É importante que as crianças sejam avaliadas e encaminhadas o mais rápido possível para um centro de desenvolvimento precoce”, finaliza o secretário Alberto Beltrame.

Por: Maria Clara Estrêla
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