Incentivar a leitura e fortalecer o desenvolvimento cognitivo. São estes os objetivos do projeto “Momento Saber”, promovido pelo Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) para pacientes, pais, acompanhantes e cuidadores. A ação, organizada pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatísticas (Same), trabalha com a arrecadação de livros e já montou uma pequena biblioteca com mil exemplares que ficam disponíveis para leitura durante o período de espera das consultas.

Iniciado há um ano, o “Momento Saber” se torna também uma ferramenta de convívio entre os pacientes e os acompanhantes, que veem no momento de leitura, uma oportunidade de estreitarem laços e compartilharem histórias e experiências. De acordo com a coordenadora do projeto, Laize Morais, a ideia principal do projeto faz parte do processo terapêutico e o torna mais prazeroso.

“Nós temos muitos pacientes que vêm de outros municípios e montamos uma sala de convivência para que eles passem o tempo, porque muitos ficam o dia todo aqui e nós vimos nessa iniciativa uma forma de eles preencherem a espera pela consulta. E nada mais prazeroso para preencher o tempo que a leitura”, afirma Laize.

Valorização da literatura piauiense

A iniciativa também é uma forma de valorizar a literatura piauiense, já que a maioria dos títulos que compõem o acervo do Ceir é de autores locais e conta um pouco da história da nossa terra. São obras para o público infantil e adulto e dos mais variados gêneros literários.

Foi para celebrar a iniciativa e em alusão ao Dia Nacional do Livro, que foi comemorado ontem (29), que o Ceir promoveu uma tarde de encenação de histórias infantis. Com cenário e figurinos criados e montados pela própria equipe, funcionários do Ceir encenaram a história da Chapeuzinho Vermelho para as crianças e seus acompanhantes.

A iniciativa foi muito bem recebida pelo público. É o caso de Aurilene Bezerra, que levou o afilhado para assistir à encenação. Ela conta que também já leu mais de 30 livros durante os momentos de espera no Ceir e que, incentivada pela leitura, voltou a estudar.

“É um grande incentivo para quem está, muitas vezes, sem fazer nada. Um belo trabalho que merece ser celebrado. Sempre que posso, trago meu afilhado comigo para passar o tempo”, disse. Carlinhos, o afilhado de Aurilene, que acompanhou atento a encenação da Chapeuzinho Vermelho, reiterou o que disse a madrinha: “Foi bem legal. Podia ter mais vezes”, disse.

Por: Maria Clara Estrêla