Os servidores plantonistas
do Centro de
Hematologia e Hemoterapia
do Piauí (Hemopi)
estão há mais de quatro
meses sem receber o
ticket alimentação. Por
conta dessa situação, o
atendimento e a coleta de
sangue ficam suspensos,
todos os dias, das 12h
às 14h, como forma de
chamar atenção para o
problema.
O pagamento foi suspenso
por determinação
da Procuradoria Geral do
Estado (PGE), que alegou
não existir amparo legal
para o mesmo. Enquanto
isso, os plantonistas precisam
comprar o almoço
com dinheiro do próprio
salário. “É a primeira
vez que esse pagamento
do ticket aos servidores
do Hemopi é suspenso.
É inconcebível que uma
pessoa, que trabalha em
regime de plantão, não
tenha direito à alimentação”,
reclama o servidor
Francisco Xavier.
O valor do ticket alimentação
varia de
acordo com a quantidade
dias úteis trabalhados
pelo plantonista e pode
chegar até a R$ 200. Os
servidores esperam que
o impasse seja resolvido
o mais rápido possível;
caso contrário, a
categoria estuda paralisar
totalmente as atividades
desenvolvidas no
Hemopi.
“Esperamos que essa
situação seja solucionada
logo, porque, se não for,
vamos ter que parar as
atividades”, afirma Francisco
Xavier, que também
lembra que o Hemopi é
o responsável por abastecer
o estoque de sangue
de toda a rede hospitalar
do Estado.
A direção do Centro de
Hematologia e Hemoterapia
do Piauí informou
que está buscando
formas de resolver o
impasse sem prejudicar
os servidores e nem os
atendimentos realizados
no local. “Entramos em
contato com a Secretaria
de Saúde, para que
seja criada alguma via
legal para garantir esse
direito aos trabalhadores
plantonistas. Acredito
que, o mais rápido possível,
essa situação vai
ser resolvida”, disse o
diretor geral do Hemopi,
Jurandir Martins.
Foto: Elias Fontenele/ODIA