Incentivar o cadastro de
doadores de medula óssea
em Teresina. Este é o objetivo
da campanha “Doe vida,
em vida”, realizada pelo Rotary
Club. Os voluntários vão
realizar uma série de ações
educativas em empresas e
instituições de ensino, com
o objetivo de desmistificar o
processo de doação.
A meta da campanha é cadastrar,
até o próximo dia 3
de junho, pelo menos mil pessoas
no Registro de Doadores
de Medula Óssea, gerenciado
pelo Ministério da Saúde.
“Este é o segundo ano em que
realizamos essa campanha. A
nossa intenção é chamar atenção
das pessoas para esse ato
simples, mas que pode salvar
vidas”, destaca a secretária do
Rotary Club Fátima, Katia Andrade.
Entre os dias 30 de maio e 3
junho, as ações da campanha
vão ser intensificadas com a
distribuição de material educativo
em vários locais da Capital
e também com a realização
de cadastros de doadores
em empresas, que firmaram
parcerias com a iniciativa.
“Não é como as pessoas pensam.
O cadastro é algo bem
simples e rápido. O voluntário
apenas preenche uma ficha
com os seus dados atualizados
e uma amostra do seu sangue
é colhida para análise”, pontua
Katia Andrade.
Quem tiver interesse em
contribuir com a campanha
pode entrar em contato com
os representantes do Rotary
Club em Teresina, que realizam
o cadastro e encaminham
os voluntários para o Centro
de Hematologia e Hemoterapia
do Piauí (Hemopi), onde
é realizada a coleta das amostras.
“No ano passado, conseguimos
realizar 434 cadastros.
Este ano, o nosso objetivo é
chegar a mil cadastros. O Rotary
Club sempre realiza trabalhos
para a melhoria da comunidade,
em todos os aspectos,
como social, econômico e
também da saúde”, comenta.
Número de doadores cadastrados no Piauí ainda é baixo
O Piauí possui, atualmente,
cerca de 80 mil pessoas cadastradas
no Registro de Doadores
de Medula Óssea (Redome).
O número ainda é considerado
baixo, já que nem todas as pessoas
que realizam o cadastro
estão aptas para doar. Para realizar
um transplante de medula,
é necessário que haja compatibilidade
tecidual entre doador e
receptor. Caso contrário, a medula
será rejeitada.
“O número que nós temos
não é o ideal, porque quanto
mais pessoas cadastradas, mais
facilidade a gente vai ter de encontrar
um doador compatível
com o que estamos precisando”,
destaca a supervisora do
Redome no Piauí, Gilkely Medeiros.
O transplante de medula óssea
é uma modalidade de tratamento
indicada para doenças
relacionadas com a fabricação
de células do sangue e com deficiências
no sistema imunológico.
A doação de medula ainda
é motivo de muitas dúvidas entre
os brasileiros. Para a supervisora
do Redome, campanhas
como a realizada pelo Rotary
Club são importantes para desmistificar
esse procedimento.
“É importante desmistificar.
Muita gente confunde medula
óssea com medula espinhal.
Na medida do possível, a gente
vai tentando esclarecer as
dúvidas das pessoas”, comenta
Gilkely Medeiros, ao explicar
que a medula óssea é retirada
do interior dos ossos da bacia,
por meio de punções, em um
procedimento que dura cerca
de 90 minutos.