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Voluntários fazem campanha para incentivar doação de medula óssea

Grupo vai realizar ações educativas em empresas e instituições de ensino para desmistificar o processo de doação

11/05/2016 07:35

Incentivar o cadastro de doadores de medula óssea em Teresina. Este é o objetivo da campanha “Doe vida, em vida”, realizada pelo Rotary Club. Os voluntários vão realizar uma série de ações educativas em empresas e instituições de ensino, com o objetivo de desmistificar o processo de doação.

A meta da campanha é cadastrar, até o próximo dia 3 de junho, pelo menos mil pessoas no Registro de Doadores de Medula Óssea, gerenciado pelo Ministério da Saúde. “Este é o segundo ano em que realizamos essa campanha. A nossa intenção é chamar atenção das pessoas para esse ato simples, mas que pode salvar vidas”, destaca a secretária do Rotary Club Fátima, Katia Andrade.

Entre os dias 30 de maio e 3 junho, as ações da campanha vão ser intensificadas com a distribuição de material educativo em vários locais da Capital e também com a realização de cadastros de doadores em empresas, que firmaram parcerias com a iniciativa.

“Não é como as pessoas pensam. O cadastro é algo bem simples e rápido. O voluntário apenas preenche uma ficha com os seus dados atualizados e uma amostra do seu sangue é colhida para análise”, pontua Katia Andrade.

Quem tiver interesse em contribuir com a campanha pode entrar em contato com os representantes do Rotary Club em Teresina, que realizam o cadastro e encaminham os voluntários para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), onde é realizada a coleta das amostras.

“No ano passado, conseguimos realizar 434 cadastros. Este ano, o nosso objetivo é chegar a mil cadastros. O Rotary Club sempre realiza trabalhos para a melhoria da comunidade, em todos os aspectos, como social, econômico e também da saúde”, comenta.

Número de doadores cadastrados no Piauí ainda é baixo

O Piauí possui, atualmente, cerca de 80 mil pessoas cadastradas no Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome). O número ainda é considerado baixo, já que nem todas as pessoas que realizam o cadastro estão aptas para doar. Para realizar um transplante de medula, é necessário que haja compatibilidade tecidual entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada.

“O número que nós temos não é o ideal, porque quanto mais pessoas cadastradas, mais facilidade a gente vai ter de encontrar um doador compatível com o que estamos precisando”, destaca a supervisora do Redome no Piauí, Gilkely Medeiros.

O transplante de medula óssea é uma modalidade de tratamento indicada para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. A doação de medula ainda é motivo de muitas dúvidas entre os brasileiros. Para a supervisora do Redome, campanhas como a realizada pelo Rotary Club são importantes para desmistificar esse procedimento.

“É importante desmistificar. Muita gente confunde medula óssea com medula espinhal. Na medida do possível, a gente vai tentando esclarecer as dúvidas das pessoas”, comenta Gilkely Medeiros, ao explicar que a medula óssea é retirada do interior dos ossos da bacia, por meio de punções, em um procedimento que dura cerca de 90 minutos.


Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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