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Pesquisa revela que 49% da Geração Z têm o celular como "œmelhor amigo

Comportamento pode acarretar dependência emocional e graves prejuízos na convivência com os outros

26/03/2018 08:04

Um estudo realizado no Brasil e em mais três países revelou que dados importantes sobre o comportamento da 'Geração Z'  brasileira, que considera pessoa nascidas entre os anos de 1998 e 2002, em relação ao aparelho. De acordo com o levantamento em 2017, 49% desse público considera o smartphone “seu melhor amigo”.

 Realizado entre os dias 30 de novembro e 26 de dezembro do ano passado, a pesquisa ouviu 4.418 usuários com idade entre 16 e 65 anos e também investigou comportamentos e hábitos de utilização de celulares entre diferentes gerações para compreender o impacto do smartphone nas relações com o usuário, com outras pessoas e com o ambiente físico e social. O que se constatou é que 36% dos entrevistados brasileiros afirmaram priorizar o smartphone em vez de passar mais tempo com amigos, família ou pessoas importantes.

A psicóloga Denisdeia Sotero que o comportamento é considerado “problemático”, e que pode ser superado com a ajuda tanto com um profissional quanto com o auxílio da família e dos amigos. “Isso implica cada vez mais em um distanciamento social, que também é uma consequência do grau de união familiar, o cultivo do afeto é fundamental nesse processo. Implica também em situações de solidão, que pode levar a um quadro depressivo”.


36% dos entrevistados afirmaram priorizar o mundo virtual, em vez de ficar com os amigos. Foto: Moura Alves/ODIA

Também foi avaliado o reconhecimento da Geração Z sobre a necessidade de equilibrar o uso o do smartphone, concluindo que 60% dessa faixa de jovens brasileiros têm essa consciência mas querem ao mesmo tempo aproveitar de um convívio social. Além disso, somente 48% dos mesmos entrevistados afirmaram ser importante ter uma vida separada do celular. “O uso de smartphone precisa ser de maneira equilibrada, sem que a pessoa não esqueça que o mundo virtual não condiz a toda realidade”, alerta a psicóloga.

Outras dados

A pesquisa ainda identificou outros comportamentos ligado ao uso do smartphone que impactam nas relações interpessoais da Geração Z. Um deles é a verificação compulsiva, quando o usuário sente a necessidade de visualizar o celular constantemente, sendo que 48% dos entrevistados afirmaram fazer isso com mais frequência do que gostariam e 42% concordam que se sentem forçados a ter esse comportamento.

Considerando o mesmo público, avaliou-se também que 33% concordam que passam tempo demais utilizando o smartphone, 30% respondeu que estaria mais feliz se gastasse menos tempo com o aparelho. Outro problema detectado foi a superdependência emocional: ao perder o celular muitas pessoas entram m pânico. Sessenta e nove por cento dos entrevistados brasileiros declararam se preocupar com a possível perda do dispositivo.


Edição: Marco Vilarinho
Por: Breno Cavalcante
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