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Após quase duas semanas, greve do transporte de Teresina segue sem previsão de fim

Motoristas e cobradores aguardam chamada de negociação do Setut, que entrou na justiça contra o decreto de calamidade da Prefeitura.

08/11/2021 12:20

Prestes a completar duas semanas de duração, a greve geral do transporte coletivo de Teresina segue sem uma previsão de fim. Motoristas e cobradores continuam de braços cruzados e a frota em circulação reduzida até que o acordo de convenção coletiva da categoria seja assinado. No entanto, até o momento ainda não houve nenhuma sinalização por parte dos empresários de que este acordo será firmado em um período próximo.

Na semana passada, o Setut conseguiu na justiça decisão liminar que determinava que 30% da frota de ônibus de Teresina circulasse nos horários entrepico e que 70% circulasse nos horários de pico. No entanto, os motoristas e cobradores disseram que até esta segunda-feira (08) ainda não receberam a ordem de serviço da Strans para que os ônibus sejam colocados na rua. Os veículos que circulam pela capital no atual momento estão obedecendo o que diz a Lei de Greve para os serviços essenciais.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

“A Strans nunca enviou nada para a gente, então não sabemos nem dizer com certeza quantos ônibus temos circulando atualmente, só que há 30% nos horários de menor movimento e 70% nos horários de maior movimento. Estamos só cumprindo o que diz a Lei de Greve, mas infelizmente estamos ainda no aguardo de algum retorno por parte do poder público e dos empresários”, explicou o secretário do Sintetro, Francisco Sousa.

Na semana passada, a Strans havia informado que haviam pelo menos 138 ônibus circulando por Teresina durante a greve dos motoristas e cobradores de ônibus, sendo que a recomendação era de 140 estivessem nas ruas. O órgão chegou a multar os veículos que parassem no Centro e não concluíssem seus percursos. Na ocasião, o Sintetro informou que as paradas eram apenas para contagem de quantos carros circulavam e fazer o controle para que a quantidade de ônibus não extrapolasse o que dizia a decisão judicial.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Decreto de calamidade está na justiça

O decreto de calamidade pública no transporte, assinado pelo prefeito Dr. Pessoa no começo do mês, está sendo questionado na justiça pelo Setut. O Sindicato das Empresas alega que a situação de emergência não pode ser decretada pelo ente causador dela e que calamidade não se justifica porque é resultado do que chamou de “má gestão”.

A relatora do processo no Tribunal de Contas, conselheira Flora Izabel, deu prazo improrrogável de cinco dias para que a Prefeitura apresente as justificativas para o decreto de calamidade. Este prazo encerra na quinta-feira (11).

A reportagem do Portalodia.com buscou o Setut e a Prefeitura. A PMT não de retorno e o Setut disse que se manifestará posteriormente sobre as negociações com os trabalhadores, a situação da greve e o decreto de calamidade do poder público. O espaço fica aberto para futuros esclarecimentos.

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