Os motoristas de caminhão chegaram em carreata à Tabuleta, na zona sul de Teresina, por volta das 10h desta quarta-feira (23). Cerca de 40
caminhoneiros e mais 20 motoristas de ônibus de turismo aderiram ao protesto que
ocorre em várias regiões do País, contra o aumento de combustível.
Caminhoneiros protestam na Tabuleta e trânsito fica congestionado. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
Os manifestantes ficaram parados em fila, fechando duas vias da Avenida Getúlio Vargas. Eles afirmam que a via ficará interditada parcialmente por tempo indeterminado. O trânsito na região já começa a ficar complicado.
Somente carros, motos, ambulâncias e caminhões com carga perecível estão autorizados a passar. Ônibus coletivos devem procurar desvios. Agentes da Strans estão no local organizando o trânsito e orientando os condutores.
Caminhoneiros protestam na Tabuleta e trânsito fica congestionado. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
De acordo como motorista Jeferson Brito, o gasto com combustível corresponde a 45% do valor cobrado sobre o frete. “A gente não pode trabalhar para pagar diesel. Temos nossos custos pessoais e isso governo nenhum leva em conta", afirma o caminhoneiro.
Edvan Ferreira, um dos organizadores do movimento, diz que um caminhoneiro cobra R$ 5 mil de frete e destina R$ 3.500 para pagar combustível e fazer as viagens. “Dos 1.500 reais restantes, 950 são investidos em pagamento de pedágios e eventuais multas e para o motorista sobram apenas 550 reais. Esta é a média do lucro de um caminhoneiro por viagem no Piauí”, calcula.
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(Créditos: Assis Fernandes/O Dia)
Por: Nayara Felizardo, com informações de Maria Clara Estrêla (do local)