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Casa da Mamãe Noel reacende a magia do período natalino na Capital

O espaço, localizado na zona Norte de Teresina, recebe milhares de visitantes todos os anos.

04/12/2018 09:51

As imagens de santos se misturam à enorme variedade de bonecos do Papai Noel: tem miniatura em gesso, Papai Noel que dança, com violino, no tradicional trenó e presépios,  para citar alguns exemplos. São mais de 3 mil exemplares. O primeiro tem 38 anos, é o casal Papai e Mamãe Noel. Localizada na Rua Alcides Freitas, nº 1991, bairro Matinha, a Casa da Mamãe Noel está aberta desde o dia 20 de novembro e recebe os visitantes todos os dias da semana, das 9h às 21h e permanece aberta até 6 de janeiro, o tradicional Dia de Reis. 

E a casa é bastante procurada: em 2017, foram 8 mil pessoas, mas como nem todo mundo assina o livro de presença, avalia-se que a visitação foi bem maior. Ao visitar o local, pudemos observar a mistura entre a decoração ligada ao Papai Noel e a tradição cristã. No espaço, além do bom velhinho, há muitas imagens de santos. 

“Geralmente vem criança com os pais. É difícil vir um casal sozinho, sempre vem acompanhado de uma criança ou uma avó trazendo os netos. Mesmo assim, eu acho que vem mais adultos do que crianças. É muito bom! As crianças vão direto para o Papai Noel que dança. Elas ficam aqui, correm de um lado para o outro. Querem ver o Papai Noel dançando, cantando. Chamam os outros pra verem também”, conta. 

Foto: Poliana Oliveira/O DIA

Conhecida na cidade como Mamãe Noel, segundo Luzineide Jales, criadora do espaço, “não tem mais história pra contar”. Mas como tem! O projeto começou há 23 anos, quando Luzineide começou a organizar o espaço. Ela conta que sempre gostou do Natal e que quando vivia em União, ainda na infância, esperava o Papai Noel que nunca chegava. 

“O Papai Noel não ia onde eu morava, mas passava o ano todinho esperando ele. Nunca chegava lá, nunca! (...) A única do Natal que eu guardo [dessa época] é a mamãe levando a gente pra ir na cidade conhecer os presépios. Aí começou a minha paixão por presépios, eu era criança, mas foi começando. E assim ficou”, relata. 

Questionada sobre o motivo para criar o espaço, ela conta que foi acaso. “Eu gosto muito do Natal e coincidia com o aniversário do meu filho. Eu comecei a enfeitar na época dele, desde quando ele fez o primeiro aniversário. [Coloquei] um boneco vestido de Papai Noel puxando uma carrocinha, porque nessa época era difícil ter Papai Noel por aqui. Daí continuei”, diz. 

Antigamente, ela costumava trazer os artigos de viagens que fazia ao Rio de Janeiro e Belém, mas hoje já expõe o que foi acumulando ao longo dos anos e o que adquire na cidade. 

Para quem deseja ver de perto a decoração natalina e sentir o clima de Natal do lugar, a visitação é gratuita. A Casa cobra apenas uma taxa de R$ 10 caso visitante queira fazer algum tipo de registro, seja em foto ou vídeo. O espaço conta ainda com uma lanchonete à disposição dos visitantes. 

Luzineide também conta que os “companheiros idosos” gostam muito de visitar o local, que é também uma distração para ela, onde interage com outras pessoas e deixa a vida mais divertida. “O pior é você ficar sem fazer nada, não ter nem com quem conversar. Ficar calado, só conversando com o papel fazendo caça-palavras”, avalia.

Tour pela Casa da Mamãe Noel

A Casa da Mamãe Noel continua tendo a supervisão atenta de Luzineide a todos os detalhes. Ela pensou o local para começar a visitação pela sala onde está São Francisco de Assis. E essa escolha tem uma simbologia: foi ele que criou o primeiro presépio, em 1223. A seguir, o visitante pode contemplar outros espaços, com os mais variados tipos de Papai Noel e santos. Tem até a ceia do Papai Noel! Tudo muito encantador. A disposição de todos os objetos é determinada pela própria Luzineide, que conta com a ajuda de algumas funcionárias.


Por ainda estar no início do período natalino, a visitação ainda está é baixa, mas espera-se o aumento no número de visitantes à medida que chegar mais perto do dia 25 de dezembro. E será que o local já se tornou parte da história de Teresina, é uma tradição? “Dizem que é, mas não sei não. Eu não tenho obrigação de fazer, faço porque gosto. Ontem foram cinco pessoas, pedindo para não acabar nunca com isso [o espaço]. Peça pelo menos saúde, eu respondi”, disse ela, em meio a risadas. 

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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