Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Casos de afogamentos reduzem, mas ainda preocupam bombeiros

Segundo o major Veloso, a falta de informação é a principal causa de mortes no mar

18/01/2018 09:06

O período de férias e feriados prolongados deixam o Corpo de Bombeiros em alerta para o risco de afogamentos. Segundo a corporação, casos desta natureza têm reduzido no Piauí, mas ainda preocupam as autoridades.

“Atualmente, houve uma redução dos afogamentos no Piauí e a mídia foi uma grande aliada ao noticiar os cuidados que as pessoas devem ter juntamente com o Corpo de Bombeiros”, conta o major José Veloso.

Segundo a corporação, há 15 anos, chegou-se a registrar 72 óbitos por afogamento no Estado. Atualmente, as ocorrências estão entre 50 a 60 casos registrados. “Considerando o crescimento demográfico, é uma estatística que revela melhora”, avalia.

Contudo, é importante ficar atento aos perigos e às precauções para evitar acidentes e até tragédias em um momento de diversão. Um dos possíveis acidentes é o afogamento de crianças. Muitas vezes, os pais ou responsáveis se distraem de certos cuidados, como não deixar seu filho na banheira, mesmo com água rasa e colocar rede de proteção comunidadeem piscinas. Para banhar em piscinas, riachos e lagoas, as crianças devem estar acompanhadas sempre por um adulto. Além disso, é importante o uso do salva-vidas.

“A avaliação do risco depende muito do conhecimento acerca do perigo. O bebê é capaz de se acidentar na banheira, por exemplo; ele pode simplesmente cair e não ter o reflexo de levantar”, exemplifica o major José Veloso, do Corpo de Bombeiros.

Falta de informação é a principal causa de mortes

Apesar da vulnerabilidade das crianças, os adultos não estão livres de sofrerem acidentes aquáticos. Segundo o major Veloso, a falta de informação é a principal causa de mortes no mar. “A ausência de conhecimento sobre o local onde o banhista irá nadar, o comportamento das águas dos rios, do mar e das piscinas se diferem entre si. É importante conhecer onde se está entrando”, alerta.

E sem esse conhecimento prévio do local, o banhista pode se deparar com a presença de pedras no fundo das cachoeiras e riachos, o que inviabiliza o mergulho, não havendo altura para isto. As pedras nas laterais do mar também exigem atenção redobrada dos turistas, bem como a profundidade desses ambientes.

“São várias as possibilidades que temos de correnteza, redemoinhos, coroas dos rios. As pessoas, aparentemente, buscam áreas arriscadas, infelizmente”, lamenta o major.

Outro importante fator que pode levar ao afogamento é a ingestão de bebidas alcoólicas e de comidas pesadas. “Os reflexos e a resistência corporal diminuem ao ingerir álcool. Já em relação às comidas, quando se faz a digestão, o corpo fica sonolento, dificultando a ação de nadar”, explica.

Primeiros socorros

Em caso de afogamento, o oficial aconselha cuidados de primeiros socorros. “É importante realizar o hisparmos da glande, ou seja, retirar a água que entrou na garganta e, assim, liberar as vias respiratórias; pode ser puxando a língua. No caso de ainda continuar sem respiração, é importante realizar o procedimento boca-boca”, aconselha.

Para entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, a população deve ligar para o número 193. “É importante revelar o tempo de resposta o mais rápido possível para que possamos atender e salvar a vida”, indica.

Edição: Virgiane Passos
Por: Gabrielle Alcântara
Mais sobre: