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Com crescente demanda, ONGs de proteção precisam de apoio financeiro

A Apipa, por exemplo, deve cerca de R$ 50 mil a uma clínica de Teresina e os Protetores de Patinhas limitam os resgates por falta de recursos.

13/11/2018 08:08

Com tantos animais nas ruas de Teresina, o trabalho de organizações de proteção animal aumenta. E, com isso, a necessidade de recursos financeiros e materiais também cresce. Neste sentido, algumas ONGs focadas na assistência aos animais abandonados e vítimas de maus tratos precisam constantemente da ajuda dos teresinenses para arcar com a alta demanda e os custos do serviço. A Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa), por exemplo, tem um débito de, aproximadamente, R$ 50 mil em uma clínica veterinária de Teresina.

O abrido da Apipa acolhe atualmente 200 gatos e 77 cães. Foto: ODIA

A ONG existe há 10 anos e Isabel Moura, que é uma das fundadoras e diretora financeira da entidade, conta que, a princípio, a ideia era trabalhar apenas com a parte educativa, sensibilizando e informando as pessoas acerca da proteção aos animais, esclarecendo sobre os cuidados necessários e como protegê-los. Além disso, outra questão importante naquele início era a luta por políticas públicas relacionadas à proteção animal e contra os maus tratos.

Entretanto, ao fundar a associação, também foi criado um abrigo para cães e gatos. Hoje, o abrigo acolhe 200 gatos e 77 cães, mas vê esse número crescer mês a mês. “Nós recolhemos animais em situações de maus tratos e vulnerabilidade. Nós cuidamos, tratamos e deixamos preparados para que tenha uma nova oportunidade, uma nova chance, que é justamente de ser adotado por alguma família, tutores de responsabilidade”, enfatiza.

Sobre os recursos, Isabel explica que a ONG está “sempre no vermelho”, em razão da alta demanda e dos custos de manutenção do espaço e dos produtos que os animais necessitam. “Temos que manter os animais castrados, vermifugados, além de levar para a clínica aqueles animais doentes que recebemos. A situação do abrigo é muito difícil. Precisamos de ajuda financeira de fato, além das ajudas com relação à material de limpeza, remédios e alimentos. Nós temos funcionários trabalhando com carteira assinada [o que torna as doações em dinheiro bastante necessárias] e para pagar água, luz e telefone”, reforça.

“Não ter um abrigo é um dos nossos maiores problemas”


Protetores de Patinhas resgatam animais em situação de risco. Foto: Arquivo Pessoal

Outra entidade que atua na proteção aos animais é a ONG Protetores de Patinhas. Desde novembro de 2014, os voluntários resgatam animais de rua em situação de risco. Segundo Shayana Camelo, fundadora e presidente da ONG, os animais são levados para a clínica, onde fazem o tratamento necessário e, quando recebem alta, são levados para lar temporário ou adoção.

Fonte: Jornal O DIA

A ONG, que não possui abrigo, lança mão do lar temporário para acolher todos os animais resgatados. “Esses lares são casas de próprios voluntários da ONG ou de pessoas que acompanham nosso trabalho e oferecem um cantinho para o animal ficar até se recuperar. Enquanto o animal está em lar temporário, nós arcamos com todos os custos, medicação, ração e produtos de limpeza”, assinala.

Shayana explica que, atualmente, o número de animais resgatados foi reduzido por conta do débito na clínica. Em outubro, por exemplo, ocorreram cinco resgates. Nesse sentido, ela explica que a ONG não recebe ajuda do governo e de nenhum órgão.

“Trabalhamos apenas com doações e acaba que a dificuldade se torna ainda maior. Não ter um abrigo hoje é um dos nossos maiores problemas. Muitas vezes, com a falta de um lar temporário, o animal acaba passando mais tempo na clínica, com isso aumentando ainda mais nosso débito”, afirma.

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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