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Com volta às aulas, trânsito fica lento no Centro de Teresina

Strans revela que escolas ainda não solicitaram a presença de agentes de trânsito para orientar o tráfego nas proximidades

03/02/2021 17:14

Com a retomada das aulas presenciais nas escolas particulares de Teresina, o trânsito em algumas ruas do Centro da cidade está mais lento. Nesta quarta-feira (03), por exemplo, houve grande congestionamento, no horário de saída dos estudantes, no cruzamento das Avenidas Álvaro Mendes e Dr. Area Leão.

Foto: Assis Fernandes/ODIA

Apesar do aumento do número de veículos circulando nessas regiões, a reportagem não encontrou nenhum agente de trânsito, enquanto esteve no local, para orientar o tráfego. Segundo o diretor de Operação e Fiscalização da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Ricardo Almeida, todos os anos as escolas solicitam ao órgão a presença de agentes para orientar os condutores e evitar infrações de trânsito nos trechos próximos às escolas. Mas, por conta da pandemia, apenas uma unidade escolar solicitou o serviço, que não foi continuado pois a escola teve que suspender as aulas após um aluno testar positivo para Covid-19. 

“Como ocorre todos os anos, as escolas solicitam a presença de agentes da Strans nesses trechos para orientar os condutores, mas por conta da pandemia, que fez com que as escolas reduzissem o número de alunos (sistema híbrido de ensino), esses pedidos ainda não foram realizados. Uma escola solicitou, mas teve que suspender as aulas após um aluno testar positivo para o coronavírus”, explicou Almeida.

Foto: Assis Fernandes/ODIA

Para iniciar o novo ano letivo e também prevenir a disseminação do novo coronavírus, as escolas particulares de Teresina adotaram o sistema híbrido de ensino, com revezamento de alunos, além dos protocolos higiênicos sanitários de prevenção à doença. Essa semana, duas escolas particulares suspenderam as atividades de turmas presenciais após confirmação e suspeita de alunos para o coronavírus. Em ambos os casos, o contato com o vírus pode ter ocorrido no ambiente familiar.

Pais optam por aulas presenciais após efeitos psicológicos nos filhos

Para além das dificuldades no trânsito, os pais ouvidos pelo Portal O Dia avaliam de forma positiva o retorno das aulas presenciais para as crianças. Segundo eles, o isolamento social imposto pela pandemia provocou, além de problemas psicológicos nos alunos, dificuldades de aprendizado através dos meios digitais. 

“Eu decidi colocar meu filho na escola porque, no ano passado, todas as crianças tiveram problemas psicológicos relatados pelos próprios pais à escola. Em um grupo de WhatsApp, as mães relataram problemas comportamentais em casa, a criança não queria estudar, fazer as tarefas. Da mesma forma que as professoras não foram treinadas em suas faculdades para dar aulas de forma online, eu falo pelo meu filho de oito anos, que nunca treinou numa situação remota e teve dificuldades. Tanto a escola como nós demos o melhor e concordamos com a proposta de retorno às aulas, sobretudo quando o assunto são protocolos sanitários de prevenção ao vírus”, relata o profissional liberal Jorge Peterson, de 44 anos.

A dona de casa Indira Aragão, de 40 anos, conta que os dois filhos tiveram o ano comprometido por causa do sistema remoto de ensino. Além disso, a filha mais velha pediu para ir ao psicólogo após apresentar crise de ansiedade por causa da pandemia. “A gente sabe que a pandemia não acabou e nem vai acabar agora, mas eu estava vendo o reflexo neles em casa. O meu filho não queria mais assistir aula online, do meio do ano para cá a dificuldade foi ainda maior. Então o rendimento dele foi praticamente zero. Quando anunciaram a volta, viemos na escola e eles estão preparados. Todos aqui seguem os protocolos sanitários e eles estão mais seguros do que em outro lugar que possam frequentar, como bares e restaurantes, por exemplo. Além disso, minha filha mais velha pediu para ir para o psicólogo após ter uma crise de ansiedade”, contou. 

A jornalista Nayra Aline, de 38 anos, disse que, apesar do medo das crianças contraírem o coronavírus, decidiu mandá-las à escola porque estavam desenvolvendo outras patologias em casa. “A gente fica com medo deles contraírem a doença, mas decidi voltar porque a saúde mental deles é mais importante. Não adianta deixar em casa e prevenir do coronavírus, mas eles estarem super ansiosos, desenvolvendo outras patologias por conta dessa prisão, porque não vai ao shopping, não encontra o amigo. Aqui o colégio está muito organizado”, disse.

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