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“Vejo que a intenção de criação do Museu é muito importante e necessária pra Teresina, mas me dói lembrar que nos tiraram de lá pra que essa obra pudesse ser concluída e que, até hoje, está lá, abandonada, com obra pela metade”. A fala é de Camila Fortes, membro do Coletivo Salve Rainha, e se refere à reforma e ampliação do prédio da antiga Câmara Municipal de Teresina. A obra, parada há dois anos, é destinada a abrigar o Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Pinacoteca de Teresina.
A intervenção tinha conclusão prevista para até 270 dias (cerca de nove meses), a contar da assinatura da Ordem de Serviço, datada de 27 de setembro de 2016. Desta forma, o MIS deveria ter sido concluído em junho de 2017.
À época, a obra foi orçada em R$ 5.568.873,69. Deste total, R$ 3.568.873,69 são oriundos de recursos próprios do município e R$ 2 milhões são de responsabilidade do Estado. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro/Norte (SDU-Centro/Norte), o que já foi feito, até o momento, foram algumas demolições e fundação.
Em contato com a reportagem de O DIA, o órgão informou que existia um convênio entre a Prefeitura e Governo do Estado para realização da obra do Museu da Imagem e do Som. No entanto, segundo a SDU-Centro/Norte, a obra ficou paralisada devido ao não cumprimento da contrapartida do Governo. Diante disso, a Prefeitura está buscando uma nova linha de financiamento para dar continuidade à obra. Uma vez assinado o novo convênio, o prazo de conclusão será de 12 meses.
Além disso, a Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan) adianta que a Prefeitura está negociando um empréstimo de R$ 120 milhões junto ao Banco do Brasil para financiar esta e outras obras da cidade.
A reportagem de O DIA entrou em contato reiteradas vezes com a Secretaria de Cultura do Piauí (Secult) para maiores esclarecimentos sobre a situação do repasse à Prefeitura de Teresina, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Edição: Virgiane PassosPor: Ananda Oliveira