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Greve dos caminhoneiros deixou postos de Teresina sem álcool

No terminal de petróleo, um caminhoneiro que havia descarregado etanol disse que o abastecimento dos postos deve demorar alguns dias.

04/06/2018 15:46

Alguns postos de Teresina ficaram sem combustíveis nesta segunda-feira (4), principalmente o álcool. O problema, de acordo com alguns frentistas consultados pelo Portal O DIA, ocorre por conta do desabastecimento do produto no Terminal de Petróleo de Teresina, que passou vários dias sem receber caminhões-tanque de etanol.

A reportagem percorreu cerca de quinze postos em todas as regiões da cidade, e apenas em dois havia etanol. Em outros dois estabelecimentos o álcool acabou nesta segunda-feira, e em todos os demais já falta há dias.

Na Avenida Universitária, um posto está sem gasolina, diesel e álcool, mas os funcionários esperam a chegada de combustível ainda nesta segunda-feira. Outros postos localizados na Avenida Nossa Senhora e na João XXIII só têm gasolina e diesel.

Na zona sul de Teresina - nos bairro Cristo Rei, Redenção e Três Andares - o desabastecimento de álcool também foi identificado.

A falta de etanol também ocorre num posto situado no bairro Tancredo Neves, próximo ao Terminal de Petróleo, na zona sudeste, e num posto na Avenida dos Ipês, que liga a zona leste à sudeste. Segundo os frentistas, desde a greve não ocorre mais abastecimento de etanol. 

A reportagem foi até o terminal e falou com um caminhoneiro que havia acabado de descarregar álcool. Ele disse que já tem vários caminhões chegando e acredita que nos próximos dias o abastecimento estará regularizado. "O álcool de Teresina vem de usinas de Pernambuco, Alagoas e Goiás. Com a paralisação, os caminhões com álcool deixaram de chegar [na capital], mas acredito que desde a última sexta-feira o terminal começou a receber cargas de etanol", disse o caminhoneiro, que pediu para não ser identificado. "Alguns de nós estamos sendo investigados depois da greve", explicou.

Mesmo com o etanol já tendo chegado ao terminal, ainda é preciso de alguns dias para que todos os postos da cidade sejam abastecidos com o combustível.

Num posto situado no cruzamento das avenidas Petrônio Portella com Duque de Caxias chegou um carregamento de álcool nesta segunda-feira, após quase duas semanas sem receber o combustível.

Em outro estabelecimento próximo, no cruzamento das avenidas Alameda Parnaíba com Duque de Caxias, o etanol acabou nesta segunda, mas o frentista informou que um novo caminhão carregado com o combustível deve chegar em breve.

Encher o tanque acelera desabastecimento e aumenta inflação

Durante a greve dos caminhoneiros, milhões de brasileiros de norte a sul do país correram para os postos de combustíveis para encher o tanque antes que os reservatórios dos estabelecimentos ficassem zerados.

O mesmo ocorreu nos supermercados, onde muitos consumidores encheram os carrinhos com uma quantidade excessiva de alimentos, por conta do receio de ficar sem comida, caso a greve se estendesse por muito tempo.

Esse comportamento, contudo, foi criticado por economistas, pois contribui para acelerar o desabastecimento e para inflacionar os preços.

Em crises de desabastecimento o recomendável é comprar apenas o necessário e abastecer com razoabilidade.

Por: Nayara Felizardo, com informações de Cícero Portela
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