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Gilberto Albuquerque rebate denúncias e explica aumento do valor de plantões na pandemia

O ex-gestor chegou a afirmar que tinha consciência que sua atitude poderia gerar suspeitas posteriormente

27/02/2023 17:15

O ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), o médico Gilberto Albuquerque, confirmou nesta segunda-feira (27) durante oitiva na Comissão Especial da Câmara de Teresina que apura supostas irregularidades em sua gestão que aumentou o valor dos plantões de médicos durante a pandemia da Covid-19 para que os profissionais pudessem aceitar trabalhar nas unidades de saúde da capital. 

Ele disse que a normatização da FMS estabelece o valor de R$ 330,00 para plantões médicos, porém, durante a pandemia, a FMS pagou R$ 895,00 para médicos da atenção básica, R$ 1.100,00 para os que atuassem em enfermaria e R$ 1.300,00 para os médicos presentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Foto: Assis Fernandes / O Dia

“Pergunto a vocês se conseguiria no mercado médico para fazer um plantão a R$ 330,00 durante a pandemia ou hoje mesmo. Com certeza não. Esses são momentos que temos que decidir se prestamos o serviço para a população ou cumprimos o que está escrito. Evidente que nenhum gestor responsável faria isso. Fizemos o que era lógico, justo e que atendeu a população”, disse Gilberto. 

O ex-gestor chegou a afirmar que tinha consciência que sua atitude poderia gerar suspeitas posteriormente, mas disse ter consciência do que praticou durante crise de saúde provocada pela pandemia. Por outro lado, ele justificou que os plantões eram reivindicados pelo RH dos próprios hospitais e que é possível monitorar a presença dos profissionais. 

“Não era justo botarmos o pé na parede e dizer que não tinha médico suficiente ou dizer que não tínhamos como pagar e a população ficar desassistida. É preciso termos coragem para fazer o melhor para a população mesmo sabendo que podemos ser questionado como estamos sendo hoje”, completou. 

As suspeitas no pagamento dos plantões foram levantadas pelo vice-prefeito Robert Rios na semana passada durante oitiva na mesma comissão. Segundo ele, havia pagamentos irregulares de plantões que eram colocados para determinados profissionais, sendo que eles não prestavam o serviço. Ele apontou os salários que deveriam ser de R$ 8 mil chegavam a R$ 50 mil.

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