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Mãe procura corpo de filho morto após receber fotos por WhatsApp em Teresina

O caso aconteceu no sábado (18), no bairro Santa Maria da Codipi, na Zona Norte de Teresina, mas se tornou público somente nesta segunda-feira (20)

20/07/2020 16:33

A mãe de um jovem identificado como Acelino Anderson Pereira, de 22 anos, descobriu que seu filho foi assassinado após receber fotos e vídeos do corpo dele pelo aplicativo de mensagem WhatsApp. O caso aconteceu no sábado (18), no bairro Santa Maria da Codipi, na Zona Norte de Teresina, mas se tornou público somente nesta segunda-feira (20).

A mãe, que preferiu não se identificar, disse à O Dia TV que falou com filho pela última vez na sexta-feira (17). Sem mencionar suspeitos, ela contou que a irmã do jovem recebeu uma chamada de vídeo e fotos pelo aplicativo que mostravam o corpo do rapaz assassinado. Até o momento, a mãe não sabe onde está o cadáver.

“A última vez que eu falei com meu filho foi na sexta-feira da semana passada. No sábado, a mulher dele disse que ele vinha aqui para casa, mas desde então não o vimos mais e vizinhos disseram que ele subiu para rua 2. Foi então que à irmã dele recebeu, quase às 18h do sábado, uma chamada de vídeo mostrando o corpo dele no chão e começou a chorar. Eu vi também. Com muita luta, isso já no domingo, a pessoa que ligou para ela mandou duas fotos. E até agora não temos notícias do corpo”, contou.

Foto: Reprodução. 

“Ninguém sabe onde é esse local e quem enviou as fotos. Já andamos em todos os lugares e nada. Eu não tenho mais forças para chorar, nem lágrimas tenho mais. É um ódio tão grande, não já mataram? Por que não mandam o corpo logo? Do jeito que mandaram as fotos poderiam mandar o corpo e acabar com essa angústia. Eu só quero enterrar meu filho”, completou  a mãe.

Ainda em entrevista, a mãe contou que o filho não tinha inimigos. “Ele não tinha inimigos. Nós não conseguimos rastrear o chip, pois alguém manda as fotos e depois desativa o número”.

Pelas imagens repassadas pela mãe, o jovem teria recebidos golpes na região da cabeça.

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já iniciou os trabalhos de investigação para encontrar o corpo e prender os suspeitos. Como o corpo ainda não foi encontrado, há ainda a hipótese de desaparecimento.

“Eu só quero o corpo do meu filho. Eu sei que é ele, uma mãe sabe reconhecer seu filho. Quero poder enterra-lo e acabar logo com tudo isso”, finalizou.

Por: Jorge Machado, Francisco Filho e Jailson Soares
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