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Manifestantes fazem novo protesto contra o aumento da tarifa

Desta vez em menor número, os manifestantes pediam a revogação do aumento e passe livre para estudantes e trabalhadores desempregados.

17/01/2018 19:07

Em uma nova manifestação, realizada no final da tarde desta quarta-feira (17), estudantes e usuários do sistema de transporte coletivo de Teresina foram às ruas novamente para protestar contra o aumento da tarifa de ônibus na capital. Desta vez em menor número, os manifestantes pediam a revogação do aumento e passe livre para estudantes e trabalhadores desempregados. Com o aumento da tarifa, fixada por meio de Decreto Municipal, os valores chegam a R$ 3,60 para a passagem inteira e em R$ 1,15 para a passagem estudantil.

Manifestantes fazem novo protesto contra o aumento da tarifa. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)

Ainda na tarde hoje (17), também foi realizada uma aula pública no Instituto Federal de Educação (IFPI), cujo promotor de Justiça Fernando Santos ministrou uma palestra sobre transporte público. Após a aula, por volta das 16h, os estudantes começaram a se concentrar na Praça do Fripisa, no Centro de Teresina, e de lá saíram em caminhada para a Frei Serafim, principal avenida da capital.

De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi), a professora Alyne Sousa, a reivindicação ao passe livre se justifica porque Teresina tem uma das maiores tarifas de ônibus do Brasil, se considerado o percurso feito pela maioria da frota. “Se justifica porque isso já acontece em várias Unidades da Federação, como em Brasília, onde temos um percurso entre o plano piloto e as cidades satélites com mais de 30 km. Então, é inadmissível que aqui não tenha”, afirma a docente.

Coordenadora-geral do Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi), a professora Alyne Sousa. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)

Além disso, a coordenadora-geral do Sindifpi destaca que o aumento da passagem não condiz com a realidade do trabalhador teresinense. “Nós vivemos em um dos estados em que a renda per capita é a mais baixa, que a população está sendo assolada com toda essa crise, com o desemprego e ainda é punida com um aumento de tarifa”, revela a professora Alyne Sousa.

Denúncia

Nesta quarta-feira (17), o suplente a vereador de Teresina, Ismael Silva, publicou em uma rede social uma suposta proposta do Sindicato Patronal, feita aos cobradores, motoristas e demais funcionários das empresas que prestam serviço de Transporte Coletivo em Teresina. 

Entre as mudanças, a proposta prevê que os trabalhadores deverão ressarcir a empresa de ônibus em caso de assaltos aos coletivos e os motoristas ficarão responsáveis pelo pagamento de todas as multas de trânsito. Além disso, durante as licenças, os trabalhadores não terão direito ao Cartão Eletrônico e terão que pagar pelos planos de saúde. Outro ponto da proposta, é o reajuste salarial aos trabalhadores correspondente a 1,8%.

Vale lembrar que os gastos com pagamentos de salários e outros custos com os trabalhadores que prestam serviço ao sistema de transporte coletivo estão inclusos na planilha de custos do sistema, que é utilizada para justificar o aumento anual da tarifa de ônibus.

Contraponto

O SETUT informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que não irá se manifestar até que o processo de negociação entre a classe patronal e laboral seja concluído.

Veja a publicação na íntegra:

Hoje o meu manifesto de indignação é em relação à Proposta do Sindicato Patronal, feita aos Cobradores, Motoristas e demais funcionários das Empresas que prestam serviço de Transporte Público em Teresina.

É um absurdo enorme conviver com esse tipo de proposta absurda, imunda, imoral e vil. Já não bastasse o aumento da tarifa do Transporte Público, “pesando” no bolso do cidadão, agora querem mexer, inclusive, com os poucos direitos que restam aos trabalhadores da categoria. 

Dentre os absurdos, a proposta prevê que os trabalhadores deverão ressarcir a Empresa, em caso de assaltos aos ônibus; ficarão responsável pelo pagamento de todas as multas de trânsito; durante suas licenças não terão direito ao Cartão Eletrônico nem terão seus Planos de Saúde pagos pela Empresa, além do ínfimo reajuste salarial de 1,8%.

E agora? Como a Prefeitura, o SETUT e a STRANS justificam o reajuste da tarifa do transporte público? Em partes, não era pra favorecer o trabalhador desta categoria?

Com a palavra, o Ministério Público do Trabalho - MPT!

 Veja galeria de fotos do protesto:

(Créditos: Elias Fontenele/O Dia)


Por: Nathalia Amaral
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