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Marcha Maconha reúne dezenas de pessoas a favor da legalização da erva

O ato reuniu dezenas de defensores do uso recreativo e medicinal da erva, que atualmente é considerada ilegal no Brasil.

12/05/2018 19:15

Aconteceu na tarde deste sábado (12), na Avenida Frei Serafim em Teresina, um ato a favor da legalização da maconha. A “Marcha da Maconha”, como é conhecida pelo mundo, reuniu dezenas de defensores do uso recreativo e medicinal da erva, que atualmente é considerada ilegal no Brasil. 

O ato iniciou por volta das 17h30 com uma caminhada na Avenida Frei Serafim, que teve como destino final a Praça da Liberdade. De acordo com os próprios organizadores do ato, esta é a quarta vez que a marcha acontece na capital piauiense. Neste ano, a manifestação teve como tema a guerra contra as drogas e o extermínio da juventude negra. 

“Nós acompanhamos diariamente nos noticiários os casos de pessoas pobres e pretas que são assassinadas nas favelas, devido a política pública de guerra às drogas que tem como alvo essas pessoas que são as mais vulneráveis na sociedade”, explica o advogado criminalista e membro da Comissão de Políticas Públicas sobre Drogas da OAB/PI, Wesley de Carvalho Viana.

Para o advogado existe uma seletividade penal em relação aos usuários de maconha. Por conta disso, a marcha tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para os benefícios da legalização da erva. “Há uma tendência mundial de legalização da maconha. É uma planta que merece ser estudada e, inclusive, já existem casos aqui no Piauí em que a erva já é usada como propriedade medicinal”, explica.

A estudante de Arquitetura Brenda Mikaelly é uma das ativistas a favor da legalização que também esteve no ato. Segundo ela, a política de criminalização da maconha é uma política contra a população negra e periférica. “É algo que foi construído socialmente como se fosse algo somente do povo negro. Nós vemos essa criminalização da periferia, da negritude e dessa juventude, em especial no caso das mulheres que são mortas pelo tráfico de drogas e que nem aparecem nas estatísticas”, pontua a ativista.

Por: Nathalia Amaral
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